“O Klaus que saiu do Vale não é o mesmo de agora”

Abre aspas

“O Klaus que saiu do Vale não é o mesmo de agora”

Desde outubro do ano passado, o arroio-meense Klaus Krein, 26 anos, embarcou em uma viagem pelo Brasil sem data para voltar. Dessa aventura, o que ele leva são amizades e uma coleção de experiências que compartilha no Instagram @klauskrein

“O Klaus que saiu do Vale não é o mesmo de agora”
Foto: Arquivo Pessoal
Vale do Taquari

O que te motivou a essa iniciativa?
Eu sempre quis viajar, mas sempre me foquei no fato de que precisa de dinheiro para isso. Quando descobri que poderia fazer meu trabalho por home office e conciliar com um voluntariado em hostel, ganhando hospedagem e uma parte da alimentação, percebi que não precisava ter muito dinheiro para começar esse sonho. O estopim que deu início a essa aventura foi o fato de eu começar a sofrer crises de ansiedade na quarentena e sentir que esse sonho parecia cada vez mais distante. Então saí da minha cidade no final de outubro com ideia de passar um ano fora.

Qual lugar que visitou foi mais legal até agora e para onde pretende ir depois?
Nesse meio tempo passei dois meses em Florianópolis, um mês em Curitiba e um mês em Ilhabela. Agora estou na cidade de São Paulo, onde pretendo ficar pelo menos um mês também. Eu já visitei muitos lugares absurdamente incríveis, mas o que mais me marcou foi acampar duas noites na Lagoinha do Leste, em Florianópolis, aquele lugar tem uma energia incrível. Nessa viagem o meu plano é não ter plano, ainda não sei pra onde vou depois de São Paulo, então quem dirá saber o que vou fazer depois. Vou vendo o que tenho vontade de fazer e onde consigo chegar. Ir subindo o Brasil foi o meio mais fácil, vou pegando hostel cada vez mais ao norte. O Klaus que saiu do Vale do Taquari não é o mesmo de agora, e o que vai voltar ao final dessa viagem não será nenhum desses dois, então vou deixar pra ele decidir o que quer fazer até lá.

Como funciona o voluntariado e como tem sido para você?
O voluntariado é uma experiência incrível de troca com outros packers (voluntários) e hóspedes. Você acaba conhecendo pessoas de todos os lugares com muitas ideias e visões diferentes além de conhecer muito sobre a cultura local e como realmente vivem as pessoas de cada lugar. O serviço varia de hostel para hostel, mas, no geral, o que mais tenho feito é recepção no turno da madrugada e limpeza das áreas comuns. Normalmente a troca, ou seja, a função que tu vai desempenhar e o que tu ganha (hospedagem e café da manhã ou hospedagem, café e almoço) depende do hostel e do que eles precisam e podem oferecer.

Em algum momento já pensou em voltar? O que te faz continuar?
Sim. Mas acredito que esse é o melhor momento na minha vida pra fazer isso e sigo em frente focado, pois estou fazendo o que gosto, que é viajar.

O que você está levando dessa viagem?
Eu saí com a ideia em mente de evoluir como pessoa, agregar conhecimento e buscar o que eu sentia que faltava em mim. Acredito que o que mais levo são amizades e experiências incríveis que estou tendo nesse tempo.

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