Mesmo que os carros alegóricos não tenham ido para a avenida neste ano, no município de Bom Retiro do Sul uma ação diferente marcou o Carnaval. O presidente da Escola de Samba Inhandava, Bruno Petry, explica que foi desenvolvida uma parceria com o comércio para que o espírito das comemorações permanecesse vivo.
Em parceria com a associação comercial e a prefeitura, os manequins foram vestidos com fantasias, fotos antigas, instrumentos e troféus dão tom as festividades nas vitrines para a data não passasse em branco. “A gente brincou de Carnaval enfeitando o comércio local”, disse em entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9 na manhã desta terça-feira, 16.
Segundo Petry, o retorno por parte da população e dos próprios comerciantes foi positivo. “Nesses 12 espaços participantes as pessoas vão encontrar diferentes fotos e fantasias para que possam entender o que é Carnaval ou sobre a escola Inhandava”, pontua
Manter o trabalho ativo
Há dois anos na presidência da agremiação, conta que impôs a ideia de trabalhar o ano todo. “Em 2019 fizemos uma promoção por mês para poder ter valores e arcar com os nossos próprios custos”, destaca.
Ele recorda que o Carnaval já foi muito banalizado. “As festividades e as escolas de samba sempre foram muito criticadas e eu coloco um pouco a culpa em cima de gestões anteriores que não fizeram ações de arrecadação ao longo do ano. Se tu não desempenha um trabalho na tua comunidade, não pode chegar na avenida e gritar alto “alto comunidade”. Tu precisa trabalhar por ela”, observa.
Com intuito de mudar esses pensamentos foram desenvolvidas situações onde as pessoas mais antigas pudessem mostrar ao mais jovens o que é o verdadeiro motivo da data, assim como promoções para a arrecadação de recursos para a entidade. “Hoje o Carnaval precisa ser visto como um teatro a céu aberto.”
Em 2019, a agremiação homenageou os 70 anos do Hospital de Caridade Sant’Ana e, em 2022, o a temática envolverá o sexo feminino no tema ‘Salve, salve Bom Retiro, viva as mulheres da tua história’.
Ouça a entrevista na íntegra