Em queda, inadimplência atinge 23,3% em Lajeado

Contas atrasadas

Em queda, inadimplência atinge 23,3% em Lajeado

No total, 15.125 CPFs estão com alguma restrição junto ao SCPC. Informações divulgadas pelo banco de dados da Boa Vista indicam que índice de inadimplência registra queda no município

Em queda, inadimplência atinge 23,3% em Lajeado
(Foto: Arquivo A Hora)
Vale do Taquari

Lajeado não registrava um índice de inadimplência tão baixo desde março de 2019. O percentual local atingiu a marca de 23,3%, contabilizando uma queda de 2,3% nos últimos 12 meses. O número se aproxima do registrado há quase dois anos.

Na prática, o dado se confirma. Uma loja de móveis e eletrodomésticos do município tem registrado diminuição no número de pessoas com contas em atraso.

“Na nossa loja o número de inadimplentes reduziu nos últimos meses. Um dos motivos são as oportunidades de renegociação que nós oferecemos. Tanto o cliente precisa limpar o nome, quanto nós precisamos do dinheiro da venda realizada. E a tendência é continuarmos com essas facilidades, para esse índice diminuir ainda mais”, diz a gerente, Naiane Hammes.

Para a economista Fernanda Sindelar, a queda da inadimplência em plena crise pode ser justificada por uma série de fatores. Dentre eles, o pagamento do auxílio emergencial, que possibilitou a renegociação das dívidas, com juros mais baixos.

“Muitas famílias, em virtude da pandemia, alteraram hábitos de consumo. Isso acontece especialmente ao reduzir gastos supérfluos e ao adotar comportamentos de precaução, já que nenhum de nós sabe quando retornaremos ao nosso ‘antigo normal’. As famílias pararam e repensaram todo o seu planejamento financeiro”, explica a economista

“Gastar mais do que se recebe”

De acordo com a economista, um dos principais motivos para as pessoas ficarem inadimplentes é o fato de gastarem mais do que recebem.

“No dia a dia, temos muitas ‘tentações’. As facilidades de pagamento levam as pessoas a parcelarem muitas compras. Mas, no somatório, os gastos podem ser excessivos. E aí comprometem algum pagamento essencial”, explica Fernanda.

Água, luz, telefone e aluguel. O dinheiro das famílias costuma ser contato, destinado para o pagamento de despesas pré-assumidas. Além disso, muitas famílias não possuem reservas financeiras. Assim, não são capazes de absorver nenhum gasto extra e, em momentos de dificuldade, logo percebem o desequilíbrio nas contas.

“As compras parceladas são um problema. Os juros embutidos são exagerados, em comparação à taxa de juros oficial. Da mesma forma, temos as compras no cartão de crédito, que facilitam as compras. Mas, ao mesmo tempo, se a fatura não for paga até o vencimento, os juros podem ser bem altos”, enfatiza Fernanda.

Dicas para sair do vermelho

  • Não gastar mais do que a renda familiar;
  • Fazer um planejamento financeiro pessoal;
  • Anotar os gastos;
  • Acompanhar a evolução das contas e da receita;
  • Evitar despesas supérfluas;
  • Evitar comprar no impulso;
  • Guardar parte dos recursos como precaução;
  • Cuidar para não cair em golpes.

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