A perspectiva de concessão das rodovias estaduais gera expectativas no Vale do Taquari. A partir do leilão promovido no fim do ano passado para definir quem assumiria a gestão da ERS-287 (Tabaí – Santa Maria), o Piratini alimenta a esperança do empresariado regional em torno de um novo modelo de gestão das estradas.
Ontem, mais uma reunião entre líderes locas e a Secretaria Especial de Parceria tratou do andamento do processo de concessão das estradas até então administradas pela EGR. Conforme já anunciou e reiterou em diversas ocasiões, a Empresa Gaúcha de Rodovias deixará de ser o órgão gestor da malha viária gaúcha.
Enquanto isso, evolui o trabalho do Piratini em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a formatação do novo formato de concessões. Cada vez mais, cresce a compreensão de que o Estado não tem condições de manter investimentos significativos em infraestrutura, um setor estratégico para o desenvolvimento.
Trata-se de uma perspectiva animadora, diante da pressa da comunidade regional em ver as suas estradas em melhores condições.
Diante das dificuldades orçamentárias históricas do Piratini, a desestatização consiste em um movimento natural e salutar por parte do poder público, ainda mais num momento em que a sociedade clama por eficiência e austeridade por parte da classe política.
Na região, a grande expectativa é relacionada às rodovias estaduais. Em especial, as ERSs 129, 130 e RSC 453. Três estradas fundamentais, não apenas para a mobilidade regional entre as principais cidades, mas ao escoamento de uma das regiões mais produtivas do Rio Grande do Sul.
Não é de hoje que líderes empresariais reivindicam melhorias nas condições de infraestrutura logística local. O tema já foi levado inúmeras vezes ao centro de poder em Porto Alegre, mas pouco se efetivou nos últimos anos.
Enfim, esse processo parece avançar num compasso promissor. Pelos planos do governo gaúcho, o leilão de pelo menos 1151 quilômetros de rodovias deve ocorrer ainda em 2021. Trata-se de uma perspectiva animadora, diante da pressa da comunidade regional em ver as suas estradas em melhores condições.