O governo estadual está determinado a repassar as rodovias da EGR para a iniciativa privada. E isso atinge diretamente o nosso Vale do Taquari. Diante da iminência da concessão, está lançado um verdadeiro “tema de casa” para os prefeitos e suas equipes de projetos especiais. As estradas cruzam cidades como Cruzeiro do Sul, Lajeado, Arroio do Meio, Encantado, Muçum, e beneficia outras tantas que possuem acessos diretos ou secundários junto às vias do Estado. Muitos gestores estão adiantados e já mantêm diálogos permanentes com quem decide. Outros, porém, ainda estão distantes do pleito. E isso é ruim. É momento de agir. Depois não adianta chorar o leite derramado.
UVB, AVAT e as abstenções
Em Encantado, dois projetos de resolução foram aprovados com votos da maioria dos vereadores. O primeiro “dispõe sobre a filiação da Câmara Municipal de Vereadores à União dos Vereadores do Brasil (UVB)”, com autorização para “contribuição mensal” e dá outras providências. A matéria foi aprovada com oito votos favoráveis e votos contrários de Valdecir Cardoso (PP) abstenção de Diego Pretto (PP). Também foi votado o projeto de resolução que “dispõe sobre a filiação da Câmara à Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (AVAT). Nesse, foram nove votos favoráveis e abstenção de Pretto. O progressista se absteve por dois motivos: ele é presidente da Avat, e o presidente da UVB, Gilson Conzatti, é seu cunhado.
Ciclovia Intermunicipal
Ainda sobre a possível concessão das rodovias estaduais no Vale do Taquari, e ainda nos bastidores, agentes públicos estudam formas de incluir no contrato a execução do projeto de uma ciclovia de aproximadamente 30 quilômetros entre os municípios de Estrela, Colinas e Imigrante. A proposta é interessante. Trata-se de uma alternativa segura para pedestres e ciclistas que, diariamente, enfrentam riscos diante da falta de acostamento naquele trecho da ERS-129. O primeiro orçamento da ciclovia girava em torno dos R$ 6 milhões. No entanto, é preciso atualizar as planilhas de custo.
“Licitação carona”
A compra de 280 aparelhos geradores de ozônio, adquiridos para sanitizar 21 escolas municipais, e que custarão cerca de R$ 640 mil aos cofres púbicos, não é consenso entre contribuintes. São recursos federais do Fundeb, administrados pelo ente local. Cada aparelho custa R$ 2,3 mil e a pergunta de alguns agentes públicos é: qual a urgência e a real necessidade deste altíssimo investimento? Em matéria encaminhada à imprensa, o governo municipal afirma que faz parte do combate à pandemia. E por meio da Assessoria Jurídica, o Executivo informa que a compra será feita por meio de uma “licitação carona”. Ou seja, o governo estrelense vai aderir ao pregão eletrônico realizado pela administração municipal de Novo Hamburgo para firmar contrato com a empresa.
Marketing e vacina
Desde outubro, a empresa de marketing e multimídia Kreativ realiza consultoria na comunicação do projeto da vacina covid-19 desenvolvida pela Fiocruz. Com sede em Lajeado, participa do processo de desenvolvimento da comunicação do projeto, principalmente em ambiente digital, acompanhando in loco a chegada das primeiras doses e do IFA (componente para fabricação da vacina).
Mallmann no Consisa
Ex-prefeito de Estrela, Carlos Rafael Mallmann (MDB) pode assumir função jurídica ou administrativa junto ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa).
Menos árvores
Causou comoção a derrubada de uma Extremosa no centro da principal cidade do Vale do Taquari. Um homem chegou a subir na árvore para tentar impedir o trabalho da Secretaria de Meio Ambiente de Lajeado. Em vão. A queda encomendada pelo Colégio Alberto Torres (que planeja construção de lojas comerciais naquele ponto) gerou inquietação, também, nas redes sociais. E não foi uma queixa em tom de ameaça, ou raivosa. Era tristeza. A população parece cansada de ver o verde dar lugar para o concreto na área central. A população parece rendida diante do avanço do calor. O colégio realiza importantes ações ambientais. Da mesma forma, há sempre o compromisso de reflorestamento a cada árvore derrubada. Mas tudo isso parece tão pouco…
Sandri x Maneco
O Vale do Taquari padece de representantes na Assembleia do RS faz algumas legislaturas. Em 2022, e como de costume, o número de candidatos tende a ser desproporcional à representatividade política e ideológico dos mesmos. E diante dessa falta de identidade, dois nomes surgem como representantes mais autênticos de duas frentes que vivem em constante conflito: a Esquerda e os Liberais. E mais do que isso. Emanuel Hassen de Jesus, do PT, o popular ex-prefeito “Maneco”, e Douglas Sandri, do Partido Novo, já iniciaram a busca pelos votos dos eleitores da região. Mas haverá outros, claro. MDB, PSDB, PSB, PP e outros não querem abrir mão da vitrine.