Projeto de 2005, orçado em R$ 960,4 mil, o Centro Cultural da rua Bruno Schwertner nunca foi utilizado para sua principal finalidade: receber apresentações artísticas. O valor, corrigido pelo IPCA (índice oficial da inflação) ultrapassa R$ 2,1 milhões.
A obra contou com repasses do governo federal. O extinto Ministério da Cultura (MinC) havia encaminhado R$ 300 mil para o teatro de 1,8 mil metros quadrados. A construção iniciou em 2009, mas nunca chegou ao fim apesar do investimento em torno de R$ 3 milhões.
Conforme a secretária de Cultura, Esporte e Turismo, Carine Schwingel, faltam ainda acabamentos na estrutura física, parte acústica, cadeiras da plateia e climatização. Apenas os ares-condicionados custariam R$ 700 mil. A secretária estima que, ao todo, restam R$ 2 milhões para conclusão.
O espaço onde seria a recepção do teatro é aproveitado pela Biblioteca Municipal, para que o prédio não fique ocioso. Ao lado da ala infantojuvenil, estão armazenados classes, apostilas, cabos de vassoura e materiais de limpeza.
Almoxarifado para a Educação
A secretária da Educação, Elisângela Mendes, afirma que alguns itens são remanescentes da gestão anterior. Desde a semana passada, a pasta distribui os equipamentos às escolas do município.
“Algumas coisas ficaram armazenados ali em função do recesso e da pandemia”, justifica.
Elisângela garante que os itens estão alocados provisoriamente por uma facilidade logística. “As classes, por exemplo, nós recebemos do governo federal conforme o último Censo. No período sem aulas, algumas acabam sobrando”.
Outros itens, como os materiais de limpeza, precisam de triagem para que sejam encaminhados conforme a necessidade das instituições de ensino. O processo iniciou na semana passada, quando as equipes diretivas da rede municipal retornaram das férias.