“Na dificuldade, qualquer ajuda é bem-vinda”

Abre aspas

“Na dificuldade, qualquer ajuda é bem-vinda”

Natural de Alegrete, Vanderlan Marques Pereira, 49, veio para Lajeado em busca de oportunidades. Após passar dificuldades, conseguiu se estabilizar e hoje trabalha na portaria do Expresso Azul. No ano passado fundou o projeto Fazer o Bem Lajeado, onde busca ajudar pessoas que passam por necessidades. Em pouco tempo, mais de cem famílias já foram ajudadas

“Na dificuldade, qualquer ajuda é bem-vinda”
Lajeado

O que te trouxe de Alegrete para Lajeado?
Tinha um tio que trabalhava aqui. Vim ainda jovem, tive alguns problemas mas, graças a Deus, logo achei um rumo. A falta de serviço e emprego em Alegrete é muito grande. Além de mim, muitos amigos já foram embora de lá. Lajeado, por outro lado, é uma cidade muito aconchegante e acolhedora.

Como surgiu o Fazer o Bem?
O projeto surgiu com a grande enchente em Alegrete, dois anos atrás. Foi o trampolim inicial. Desde então comecei a ajudar algumas famílias. Já passei necessidade, por erros próprios, alguns anos atrás. Cheguei a passar fome, então sei como é este sentimento. Hoje é o modo que eu tenho de agradecer por ter o que tenho. Família, casa, emprego. Correspondo ajudando as pessoas que passam necessidade.

O que é o projeto?
O projeto tem a finalidade de socorrer e ajudar as pessoas e famílias em necessidades básicas. Alimentos, fraldas, móveis. O que der nós ajudamos. Não temos como sustentar ninguém, mas temos como ajudar. Na dificuldade qualquer ajuda é bem-vinda. Já fizemos ações com mais de cem famílias na região.

Qual a história que mais te marcou?
Tem uma especial. Fui levar para uma moça algumas fraldas e alimentos. Ela tinha um bebê e estava passando necessidade. Ao chegar lá, notei que ela estava abatida, que precisava de uma ajuda maior. Eu disse que podia ajudar com o básico, mas ofereci um pouco mais. Falei de Deus. Ela então pediu para eu orar. Como sou evangélico, orei por ela. Vi que ela mudou o semblante na hora, ficou melhor. Deus mudou a minha vida, e também a dela.

Você trabalha sozinho?
A maior parte do tempo sim. Estou sempre buscando e levando algo. Tenho alguns amigos do projeto que me apoiam em alimentos e na parte financeira. São em torno de 15 pessoas. Até para ajudar a carregar os móveis e tudo o mais. Alguns empresários também me ajudam. O apoio é algo que ajuda muito. Estamos sempre atrás de pessoas que queiram nos ajudar também.

O que te move a fazer o bem?
O que me move é o amor. Se não tivermos amor pelo próximo, não conseguimos amar a nós mesmos. É o alimento que não me deixa parar.

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