Como começou seu envolvimento com a música?
Desde cedo. Meu pai e meus e irmãos cantavam e minha irmã é pianista. Na infância, participava de corais na escola, viajávamos pelo estado. Aí, na adolescência, passei a tocar violão e cantar junto. A música sempre estava presente nos encontros com amigos. Depois trabalhei em supermercado, fui balconista e carteiro. Mas fui levando isso comigo ao longo dos anos.
Apesar de sua paixão pela música, você cursou Educação Física. Por que optou por este curso?
Música e esportes sempre foram minha paixão. Gostava muito de correr. Me formei na primeira turma de Educação Física da Univates, em 2006. E foi ali no curso que comecei a misturar a música com o desenvolvimento corporal. Comecei a fazer projetos unindo o som com a questão do pensar, do refletir.
E, quando começou sua atuação voltada ao social?
Durante a faculdade, fiz estágios e aquilo me abriu os olhos para trabalhar com o social. Antes, quando era carteiro, caminhava por toda a cidade de Lajeado e conheci diferentes realidades. Visitei comunidades periféricas e aquilo me marcou muito. Na Educação Física, pude participar de um projeto chamado Centro Social Marista Irmão Emílio, em 2004, no bairro Santo Antônio. Descobri a profissão de educador social. Aquilo foi minha grande escola. Depois, fiz especialização em Música: Ensino e Expressão, pela Feevale. Me aprimorei dentro da área, tanto na música, quanto na questão da prática do educador.
Hoje você realiza oficinas no Cras. Como é o trabalho com o público?
Quando o projeto fechou, percebi que muita gente conhecia meu trabalho e começaram a aparecer oportunidades. Passei a me vincular ao Cras. Trabalhei em Lajeado, Estrela, e também em Marques de Souza e Bom Retiro do Sul, desenvolvendo trabalhos com crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Aliando a música, o som, o ritmo e conectando-as com a vida das pessoas.
De que forma a música auxilia no processo de integração com as pessoas?
Ter a música como linguagem para dialogar com essas pessoas é uma questão muito importante. Faz uma diferença incrível. É uma forma de expressão e conexão entre elas, fortalecendo. Trabalhei com muitas pessoas. E tu percebe que impactou positivamente na vida delas. É gratificante ter esse feedback.
Quais são suas maiores influências na música?
Na adolescência passei a gostar muito de estilos como o rock, o pop, o samba, o MPB e o reggae. São ritmos que me movem até hoje. Curto ouvir artistas como Alceu Valença, Zé Ramalho, Bob Marley, The Beatles, Graforréia Xilarmônica, Júpiter Maçã, entre outras.