O advogado gaúcho, escritor e presidente do Instituto de Popularização do Direto, Max Telesca, participou do programa A Hora Bom Dia, deste sábado, dia 6, para analisar os rumos da política brasileira em tempos de extermínio da Operação Lava Jato, além de apresentar suas obras literárias.
O advogado é autor do livro ficcional ‘2038 – A Instituiçao Da Cleptocracia Num Futuro’. Na obra, em um futuro imaginário, a corrupção é uma prática legalizada e, inclusive, incentivada pelo Estado em Lisarb – Brasil ao contrário -. Na obra, o autor faz uma analogia a realidade e utiliza nomes fictícios para contar a história recente da política no país, nos anos em que o país foi governado pelo PT.
Segundo ele, é uma crítica da corrupção presenciada no país. “Possuem personagens que eu correlacionei com uma, duas ou até três pessoas que fizeram parte do esquema”, explica. No próximo livro da trilogia Lisarb, ‘2047’ contará os momentos atuais da política brasileira.
Cenário político
Conforme Telesca, o Bolsonaro nunca fez parte da nova política como muito se diz. “Ele nunca representou a nova política. Ele foi deputado federal por cerca de 30 anos e nunca representou a política. O que ele conseguiu foi coletar a insatisfação do brasileiro com o PT e se eleger presidente. Nesta semana, se viu o casamento dele com o Centrão, que é a base do fisiologismo associado a corrupção”, explica.
Fases do Governo
A aliança de Bolsonaro com o Centrão possibilita uma estabilidade ao presidente a qual ele nunca teve em seu governo, analisa Telesca. Conforme o advogado, na primeira fase do governo, Bolsonaro acredita que vai governar apenas com a sua popularidade, com seus seguidores e apoiadores.
Após entraves no Legislativo, Bolsonaro entra na segunda fase e tenta um golpe de Estado, no início de 2020. “Existia um discurso golpista. Com os discursos se percebia nitidamente o início da tentativa de um golpe”, relembra.
Na terceira fase, conforme Telesca, se percebia um flerte e noivado com o Centrão. “Assim ocorre a quarta fase, com o casamento entre o presidente e o Congresso. O Centrão tem políticos profissionais, a chamada ‘Velha Política’. Agora, refém do Centrão, ele tem estabilidade”, explica.
“Essas pessoas que votaram no Bolsonaro com a esperança de ‘Nova Política’ estão desapontados”, analisa. Conforme ele, é normal as pessoas votarem com a emoção e não com a racionalidade. “Em contra partida, Bolsonaro consegue muitos apoios com a aliança com o Centão. Ele é sim um candidato forte para a reeleição. Ainda não há uma liderança com tanta força quanto ele para vencer nas próximas eleições”, avalia.