Reservatório de água, tratamento de esgoto, novas ligações de residências a rede de água e boletos mais caros foram os temas de reunião entre os vereadores Lorival Silveira (PP) e Isidoro Fornari Neto (PP), o presidente da Assembleia, Ernani Polo (PP), e a diretoria da Corsan no gabinete da presidência da Companhia, em Porto Alegre.
A empresa se comprometeu a realizar, no prazo de um mês, um estudo para sanar a falta de abastecimento de água no município. Em nova reunião, agendada para 3 de março, a Companhia deve apresentar um cronograma de obras e os investimentos previstos para a cidade.
“A Corsan tem um superávit bem significativo por ano aqui em Lajeado e precisa reverter uma parte disto ao município”, reivindica Fornari que também aguarda uma oficialização do projeto de tratamento de 90% do esgoto até 2032. Atualmente, menos de 5% das casas lajeadenses possuem esgoto tratado.
“Estamos há 130 anos sem esgoto, se fizerem em dez está ótimo. Os investimentos do esgoto não vão para trás, mas também não vão para frente. A câmara está brigando para que isso aconteça”, contesta o presidente da casa.
Apesar do novo poço artesiano, os vereadores não garantem que as famílias dos bairros Jardim do Cedro e Santo Antônio não tenham mais problemas de abastecimento. A solução seria a construção de reservatórios. “Se faltar luz, vamos ficar sem água porque tem falta de reserva”, expõe.
A reunião de março é aberta para outros vereadores que manifestarem interesse em participar das tratativas.
Boletos mais caros
De imediato, o Legislativo elabora um ofício a respeito das faturas mais caras cobradas a comunidade. A proposta dos parlamentares é que os moradores paguem uma média dos últimos três meses.
Há uma sinalização positiva da direção da Corsan. “O presidente acredita que há amparo legal nesses bairros em que foi constatada a falta de água. Se for confirmada a veracidade dessa conta abusiva”, indica Fornari.
A hipótese apresentada é que, em decorrência da falta de água, havia uma pressão de ar excessiva responsável por alterar as medições dos hidrômetros. A possibilidade precisa ser checada pela Companhia.
Casas irregulares
Conforme a Corsan, há cerca de 300 famílias em residências irregulares no bairro Santo Antônio. Por falta de documentação comprobatória desta ocupação, a empresa não teria condições de instalar um hidrômetro por grupo familiar, o que indica o compartilhamento de bombas de água.
Para que a situação dessas pessoas se regularize, a empresa precisa de uma manifestação oficial do Executivo.
Fornari afirma que acionou a prefeita em exercício Gláucia Schumacher e um ofício deve ser encaminhado nos próximos dias.