Mobilização promissora

Editorial

Mobilização promissora

Líderes empresariais e autoridades políticas regionais estão mobilizados em fazer destravar a implantação de um complexo multimodal no Vale do Taquari

Mobilização promissora
Vale do Taquari

Líderes empresariais e autoridades políticas regionais estão mobilizados em fazer destravar a implantação de um complexo multimodal no Vale do Taquari. Trata-se de um dos grandes desafios logísticos que se impõe após a municipalização do Porto de Estrela.

Debates, estudos e projeções de investimentos avançam à medida que as organizações se articulam em torno do projeto. Reativar a histórica estrutura ociosa às margens do Rio Taquari consiste em uma questão estratégica, que poderia elevar a outro patamar a competitividade dos empreendimentos locais.

A dependência rodoviária chega ao esgotamento e já há um grande consenso em torno da importância de viabilizar a utilização das outras modalidades de transporte.

Quando se olha para os outros modais, é difícil acreditar que em um país continental, haja tão pouco investimento em ferrovias. No específico, o Rio Grande do Sul, com alta produção de grãos, de alimentos, nos trilhos o cenário de abandono. O outro modal, o hidroviário, mais uma vez, o transporte de cargas é ínfimo.

Toda essa infraestrutura foi construída em Estrela. O primeiro porto rodo-hidro-ferroviário, inaugurado durante o governo militar, teve seus anos de glória. Com alta no transporte de cargas, especialmente o trigo, a soja e o milho.

Com o passar dos anos, sem investimentos para adaptar a infraestrutura aos novos tempos, essas opções ficaram para trás. O abandono ficou como resultado. Para se ter uma ideia, nenhuma embarcação deixa Estrela para os portos da Capital e de Rio Grande desde 2013. Um ano depois foi a vez do fim do transporte por locomotivas.

O custo logístico se aproxima dos 21% de tudo que é produzido no país. A título de comparação, nos Estados Unidos é 7%. Conforme análise da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, esse custo nacional é 15% mais do que o limite.

Para superar essas dificuldades, é preciso agir e encontrar soluções. No caso regional, o primeiro passo foi dado: a municipalização do complexo, conquistada na metade do ano passado.

Agora, é preciso conhecer a necessidade das empresas. Ter números quanto à movimentação de cargas. A partir de um diagnóstico preciso da demanda de transportes, será possível definir o melhor modelo de negócios a ser implementado.

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