A única escola municipal de ensino fundamental de Travesseiro não tem um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio para a volta às aulas, que ocorre no dia 17 de fevereiro. De acordo com o governo local, a EMEF Pedro Pretto nunca teve PPCI. O Executivo prepara o processo licitatório para promover as adequações no prédio, mas as obras devem iniciar apenas no 2º semestre.
Segundo o prefeito Gilmar Southier, a estrutura do educandário existe desde a década de 40. Na época era um colégio estadual. Com a emancipação, em 1993, se tornou municipal. “A escola nunca teve um PPCI. Com o passar dos anos ela teve sua estrutura adequada para comportar o aumento no número de alunos. Mas nunca foi realizada uma conferência nos itens de segurança. Essa é uma questão herdada da administração anterior. Agora precisamos agir e resolver isso o quanto antes”, comenta.
A titular da Secretaria da Educação, professora Michele Träsel, diz que o município tem ciência dos perigos da falta de PPCI. E, por isso, o governo dará atenção especial ao processo. “A educação é um dos destaques do nosso município. Não adianta termos recursos humanos e um projeto pedagógico muito bom, se não tivermos como oferecer segurança para os alunos”, diz a professora.
Conciliar obras e alunos em aula. Este será o principal desafio. O prefeito diz que a situação será analisada com cautela. O que se sabe é que obras serão realizadas. “Vamos começar pela ampliação. Transferir banheiro e refeitório para o novo espaço. Depois, é hora da parte interna. Claro que teremos transtornos, mas as obras vão seguir buscando a segurança das crianças, professores e de quem circula pelo espaço”, comenta.
Adequações
Portas inadequadas, falta de saídas de emergência, infiltração e goteiras. Esses são alguns dos problemas encontrados no educandário. A secretária ressalta o trabalho complexo que vem pela frente.
“Não temos nenhum plano de evacuação para os alunos e professores. Tudo precisa ser calculado de acordo com o fluxo e o espaço. No ginásio, por exemplo, vamos projetar mais uma porta de saída de emergência, em razão da quantidade de pessoas que o local comporta”, comenta a secretária.
Licitação
O projeto de melhorias e adequações já existe. De acordo com o governo municipal, o documento foi aprovado pela Câmara de Vereadores em 2018, mas foi arquivado. Agora, deve ser iniciado o processo licitatório para reforma e ampliação da escola.
“A ideia é ainda em fevereiro, ou no mais tardar em março, lançar o plano de licitação. Tem a questão burocrática, precisamos respeitar prazos. Mas no início do segundo semestre queremos ter definida a data de início das obras”, diz o prefeito.