Defesa Civil monitora rio, mas minimiza risco de cheia

Atenção

Defesa Civil monitora rio, mas minimiza risco de cheia

Chegada de um ciclone extratropical no estado deixou autoridades em situação de atenção na região. Até o fim da tarde de ontem, nível do Taquari em Lajeado permanecia estável

Defesa Civil monitora rio, mas minimiza risco de cheia
(Foto: Mateus Souza)
Vale do Taquari

O ingresso de um ciclone extratropical no Estado, entre a noite de ontem e madrugada de hoje, causa aflição em milhares de famílias e deixa autoridades em situação de atenção. Ainda não se sabe qual será sua intensidade no Vale do Taquari, pois dependerá da distribuição da chuva na bacia do Taquari-Antas.

De acordo com a MetSul Meteorologia, em boletim emitido ontem, o ciclone extratropical deve se formar na costa do Rio Grande do Sul, provocando chuva em todo o estado durante o dia. Áreas do Sul do estado tendem a ser as mais atingidas pelo fenômeno. O risco de enchente no Vale, contudo, é pequeno. Nas cabeceiras da bacia, em Serafina Corrêa, o volume previsto é de 10 a 15 milímetros.

Mesmo assim, as condições climáticas exigem um monitoramento constante da Defesa Civil. Conforme o coordenador do órgão em Lajeado, Paulo Locatelli, o município está em situação de atenção pelo fato do ciclone ingressar no estado. Porém, se ele atingir as regiões das bacias com intensidade, muda para o estado de alerta. Para isso, o nível do rio precisa chegar a 15 metros em Estrela. Ontem à tarde, estava em 13,21 metros.

“Se estiver chegando aos níveis mais próximos do limite, começamos a situação de alerta. A nossa bacia suporta uma capacidade limite de chuva. E até agora não foram atingidos”, explica Locatelli, também titular da Secretaria de Segurança Pública. Em casos de inundação, o rio teria que alcançar 17 metros. Com 21 metros, atingiria as primeiras áreas alagadiças em Lajeado.

“A previsão pode mudar”

Em Estrela, a situação é semelhante: preocupação sem pânico. O monitoramento ocorre 24 horas, mas, por ora, a Defesa Civil descarta o risco de enchente. “Acreditamos que o rio vai dar a vazão que precisa. E se cogita que o ciclone extratropical seja mais forte na região de Bagé e Uruguaiana”, aponta o coordenador local, Lindomar de Freitas.

Ele lembra, entretanto, que as memórias da enchente histórica de julho do ano passado seguem vivas na memória das pessoas e que, por isso, há uma aflição generalizada. “Muitos ainda estão apavorados por causa da última. A previsão do tempo pode mudar de um dia para o outro. Mas, por enquanto, não há possibilidade”, comenta.

Até as 16h de quarta-feira, 4, havia chovido apenas 6,8 milímetros em Estrela. A cidade do Vale que registrou maior quantidade de chuva ontem foi Taquari: 33 milímetros.

Enchente histórica

No ano passado, o Vale vivenciou uma das piores enchentes de sua história. Em Lajeado, o rio Taquari chegou a 27,39 metros na madrugada do dia 9 de julho, o nível mais alto atingido no século e o quarto maior de todos os tempos.

Milhares de pessoas precisaram deixar suas residências, não somente em Lajeado. Cidades como Estrela, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Encantado, Roca Sales, Colinas, Muçum e Taquari também foram castigados.

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