Acúmulo de resíduos sólidos nas vias públicas motiva situação de emergência em Estrela

RECOLHIMENTO DE RESÍDUOS

Acúmulo de resíduos sólidos nas vias públicas motiva situação de emergência em Estrela

Negativa em análise de licenciamento ambiental obriga município a tomar drástica medida visando a retomada dos serviços de recolhimento

Acúmulo de resíduos sólidos nas vias públicas motiva situação de emergência em Estrela
(Foto: Divulgação/ Rodrigo Angeli)
Estrela

A Prefeitura de Estrela publicou, na manhã desta sexta-feira, 29, o decreto nº 14, que instala a Situação de Emergência. O motivo é o recolhimento dos resíduos sólidos das ruas, que não é mais realizado desde o início do mês e tem causado grandes transtornos a usuários das vias públicas e incômodos à população.

A Administração Municipal não conseguiu, a partir de uma negativa de sua equipe técnica, a renovação da licença do aterro localizado na linha São José, interior do município, para onde os resíduos eram levados e cuja área é acompanhada pelo Ministério Público desde 2016. Sem outras alternativas para o momento, o Poder Executivo se vê obrigado a viabilizar o envio destes materiais para locais fora do município.

Considerado serviço essencial pelos termos da Lei Federal 7.783 de 1989, o recolhimento dos resíduos sólidos como restos de materiais de construções e outros entulhos é realizado semanalmente pela Prefeitura de Estrela, sendo que até então o material coletado era destinado para a área na Linha São José. Mas em 2020 a licença não foi renovada. Ciente da situação irregular e de forma sensata, a Secretaria Municipal de Infraestrutura, atual responsável pela execução do serviço, o suspendeu nestes primeiros dias do ano, encaminhado imediatamente o caso para a área jurídica na busca do novo licenciamento. “Foi tomada a medida mais correta no momento. A suspensão dos serviços até que a licença seja renovada, apesar de não ser a decisão desejada, pois causa impactos, se fez necessária”, explica Juliano André Heisler, advogado da Procuradoria de Estrela.

Consciente do caos instalado e da urgência do caso, a Administração Municipal partiu para a publicação do Decreto Emergencial a fim de viabilizar o restabelecimento imediato do serviço. Dentre outras medidas, diante da negativa de renovação da área municipal, o documento oficializa o interesse no diálogo com o Ministério Público, buscando alternativas para restabelecer o licenciamento. Também autoriza contratações urgentes de aterros em outros municípios para o recebimento dos resíduos, permitindo a retomada dos serviços. “Desejamos e objetivamos sim o licenciamento da mesma área, mas agora de maneira emergencial precisamos levar estes resíduos, que estão tomando as calçadas e vias da cidade, para aterros além das fronteiras do município. Não é o nosso interesse que essa medida permaneça, pois temos a consciência de que isso implica em mais dificuldades e acarreta mais custos, em uma conta que indiretamente é paga pelo contribuinte, mas é o que podemos fazer até que o impasse seja resolvido”, atesta Heisler.

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