Na tela do celular, um mundo de possibilidades e de perigos, em especial às crianças. Entre as brincadeiras, esta o “Desafio do Apagão”. Consiste em ficar o máximo de tempo sem respirar até desmaiar. Um risco para a saúde.
Em uma dessas “brincadeira, uma menina italiana de dez anos morreu. O caso chama atenção para o acesso rápido e fácil de jovens ao mundo da internet.
Para o pediatra João Paulo Weiand, desafios como esse ressaltam a necessidade dos pais monitorarem o uso da internet pelas crianças.
“Precisamos deixar ligado o sinal de alerta sobre o uso de redes sociais. Existe inclusive legislação sobre. Crianças com menos de 12 anos nem deveriam ter acesso, mas muitas vezes modificam a idade no cadastro das contas para poderem estar conectadas”, comenta o médico.
As reações do corpo humano
O ato de interromper a respiração se baseia em uma apnéia forçada, explica o pediatra. “A tendência é a oxigenação do corpo humano diminuir. Primeiro acontece a aceleração dos batimentos cardíacos. Se a apnéia se estender, pode levar a um desmaio. Caso a criança tenha alguma outra doença como fator de risco, pode desencadear uma arritmia cardíaca e levar à morte”, relata Weiand.
Outros desafios
O “desafio do apagão” não é o primeiro das redes sociais. Em 2016 surgiu o “jogo do desmaio”. O objetivo também era prender a respiração o maior tempo possível, o que muitas vezes levava ao desmaio da pessoa.
Em 2017 chegou ao Brasil o desafio da “Baleia Azul”. O jogo era baseado em uma série de tarefas lançadas aos jovens. Pelas regras, o participante não podia abandonar o desafio. Uma vez iniciado, precisava concluí-lo. Muitas das tarefas envolviam a automutilação.
O que os pais podem fazer?
- Combinar regras de uso saudável
- Estabelecer horários específicos ou tempo máximo de uso
- Restringir sites inapropriados
- Monitorar o conteúdo acessado
- Conscientizar sobre os perigos da internet
O que fazer caso encontrar uma criança desacordada
- Pedir ajuda e acionar serviços de emergência médica;
- Verificar se o paciente tem pulso;
- Caso a pessoa tenha conhecimento sobre, ela pode iniciar manobras de reanimação, como por exemplo massagem cardíaca e respiração boca a boca;