“Meu maior orgulho é mostrar artistas diferentes às pessoas”

Abre aspas

“Meu maior orgulho é mostrar artistas diferentes às pessoas”

Natural de Arvorezinha, Luiz Fernando de Lima, 28, tem o gosto pela música como herança familiar. Em fevereiro, ele apresenta em 60 minutos o projeto “Uma viagem musical pelo Brasil” com canções que lembram as regiões do país e as diferenças culturais

“Meu maior orgulho é mostrar artistas diferentes às pessoas”
(Foto: Arquivo Pessoal)
Vale do Taquari

Como foi que se interessou pela música?
Foi desde a infância. Tem pessoas que elas conseguem se interessar pela música do nada, mesmo sem ter pais no ramo. Mas o meu caso foi diferente. Havia meus tios e meus pai (Adilar) que tocavam. Meu pai foi baterista e sempre tocou no interior em uma época que os bailes eram com luz de lampião e nada eletrificado. Era tudo no gogó. Quando meu pai conheceu a minha mãe, ele largou a música, mas o largar dele foi repassar os instrumentos para mim e meus outros dois irmãos. Todos tocam e cantam.

Foi com seu pai que aprendeu a tocar?
Tem questões diferentes entre aprender a tocar e ouvir música. Para ouvir música, meu pai que me inspirou. Mas para tocar foi meu primo (Marcos Vinícius) que se tornou meu primeiro professores de violão.

Qual foi a primeira música que tocou?
No começo do meu aprendizado, era por volta de 2002, 2003, estava em alta Skank, Nenhum de Nós, RPM, essas bandas assim. Então a gente passava o dia inteiro ouvindo esses caras e tentanto tirar as músicas. Lembro que a primeira que toquei foi Natasha, do Capital Inicial, justamente por ter essas notas mais fáceis.

Quem é sua referência na música?
Para ouvir tenho umas e para tocar tenho outras. Mas lembro que no começo o Emmerson Nogueira era um cara que fazia versões acústicas. E ele apresentou um cara que eu não conhecia ainda que era o Eric Clapton. A música era “Tears in heaven”, que tem uma batida muito legal no violão e isso me acendeu as ideias. Com o Eric Clapton, foi a primeira vez que ouvi blues na vida.

Em fevereiro, você apresenta “Uma viagem musical pelo Brasil”. O que é essa viagem?
Basicamente é pegar canções regionalistas de cada polo do Brasil. Sempre falamos que o país é multicultural, ms dentro de cada estado também tem uma série de ramificações. Por exemplo, no RS temos a música gaúcha. Mas dentro da música gaúcha temos a nativista, tradicionalista, de bailes, fandangueira. Nesse trabalho, me ative a músicas conhecidas, mas que estavam esquecidas das rádios e do ouvido das pessoas hoje. É aquela música que fica no inconsciente.

Qual a sua opinião da música brasileira se comparada com o resto do mundo?
Se formos pensar, recebemos muitos legados da África. As músicas do norte e nordeste são influências negras mesmo, que vieram junto com os escravos. São mais músicas ritmistas, da capoeira, do frevo. A música gaúcha ela tem essa veia paraguaia, argentina. A única coisa que veio de fora ao Brasil é o Rock e o Pop. Mas a fonte principal do Brasil é dos vizinhos da América do Sul e da veia negra.

Qual o seu maior orgulho na música?
Meu maior orgulho é conseguir reverenciar muitos artistas que não teria ouvido se não tivesse parado, sentado na frente do computador e vasculhado. Quando ouço certos artistas que são desconhecidos, fica aquele sentimento que só eu conheço esse artista. Então apresento essas canções para outros. Meu maior orgulho é mostrar artistas diferentes às pessoas.

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