Tenho estranhado a campanha de grupos – políticos e de comunicações – contra medicamentos usados na prevenção e cura da covid-19. Matéria desta sexta-feira no portal de rede de comunicações gaúcha puxa uma manchete neste sentido, tal qual o faz diariamente, só que, desta vez, buscando assustar os leitores transcrevendo as contraindicações da bula de algum destes medicamentos. Sim, aquelas bulas de letra miúda que os médicos recomendam não se leia, sob pena de não se ingerir mais remédio algum, amedrontado.
A justificativa (esdrúxula) desses grupos é a falta de comprovação científica quanto à eficácia. Pois aí fico a imaginar como teriam sobrevivido os povos da idade média, os índios e os imigrantes que desbravaram nossos grotões, mato adentro, longe de vizinhos, de médicos e de hospitais. Sobreviveram e se procriaram, muito às custas de medicamentos, plantas e práticas medicamentosas que passaram longe de comprovação científica. Banho de querosene nos locais das mordidas de aranhas e de cobras. Emplastro de babosa ou de farinha para drenar furúnculos. Pó de café para estancar sangramentos oriundos de cortes, com posterior aplicação de banha limpa para cura. Chás de todos os tipos, cultivados nas hortas de cada propriedade rural, para os rins, vesícula, outras dores, etc.
A questão avançou há alguns meses, quando vinte médicos de Lajeado – grupo posteriormente engrossado por mais dezenas de profissionais – firmaram protocolo para uso de determinados medicamentos na prevenção e, no caso de infecção pela covid-19, de eliminação do vírus na sua primeira fase. Evitar-se-ia, assim, os efeitos danosos das fases seguintes da infecção. Comprovação científica? Ainda não, mas em andamento, com pesquisas já autorizadas pelo Ministério da Saúde. Comprovações factuais? SIM! Baseadas em experiências exitosas com pessoas pelo mundo afora. Inclusive, já agora, em muitas pessoas daqui, algumas, próximas a nós.
O esclarecimento decisivo tive com a entrevista do médico Alessandro Loyola, autor do livro “Covid-19: a fraudemia”, na Rádio A Hora, último sábado. Segundo matéria publicada no Portal A Hora, conforme ele, há negação sobre a existência de tratamentos preventivos que possam evitar o óbito por Covid-19. Citou medicamentos como a ivermectina, hidroxicloroquina, zinco e vitamina D. “Metade das pessoas que usam o kit precoce são salvas. Se for correto o número de 200 mil mortes no Brasil pela covid-19, o kit precoce poderia ter salvo 100 mil brasileiros”, defendeu. Vale ler a matéria e ouvir a entrevista no site A Hora. Com números e argumentos, contrapõe os “especialistas” usados pelos grupos que disseminam a intranquilidade e o medo.
Daí me pergunto: por que o fazem, se tais medicamentos não trazem riscos, ainda mais, ingeridos com recomendação médica? Aliás, a hidroxicloroquina e a azitromicina, integrantes do combo de medicamentos utilizados, com sucesso, na prevenção e combate à covid-19, só são obteníveis mediante receita médica. Que dizer: sob controle e orientação destes profissionais.
Vejo três motivações. Uma, política. Não política partidária. Política de dominação econômica por um eixo formado pelos controladores das redes sociais e dos meios de comunicações mais expressivos do Planeta, aliados a grupo seleto de pessoas extremamente ricas. Outra, financeira: subsidio recebido. A terceira, ideológica. Amedrontar a sociedade, visando o poder. Quem sabe, os que insistem com o tema, ao invés de assustar, levem a devida orientação às pessoas. Ou, se ocupem com outros temas relevantes como alcoolismo, drogadição, deterioração da célula familiar, deterioração dos valores nacionais, etc.