Economia do país cresce pelo sétimo mês seguido

Atividade econômica

Economia do país cresce pelo sétimo mês seguido

Indicador do Banco Central que mede a atividade produtiva nacional mostra expansão de 0,59% em novembro. Ainda assim, no acumulado de 2020, retração foi de 4,6%. No RS, setor industrial alcança patamar de antes da pandemia

Economia do país cresce pelo sétimo mês seguido
Na análise industrial gaúcha, Fiergs avalia que um dos setores que mais teve perdas foi a produção de calçados. No acumulado de 2020, a retração alcançou 20% (Foto: Arquivo A Hora)
Brasil

O nível de atividade da economia do país teve a sétima alta consecutiva. É o que afirma o Banco Central (BC), por meio do Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma prévia do PIB.

Pelos cálculos, novembro fechou com alta de 0,59% na comparação com outubro. Com o crescimento, o IBC-Br atingiu 137,41 pontos e permaneceu abaixo do patamar de fevereiro, de 140,02 pontos, período pré-pandemia.

Ainda que a melhoria da atividade econômica tenha sido constante nos últimos meses, o BC verifica uma desaceleração no ritmo de crescimento. Em outubro, a economia teve um resultado melhor, com uma alta de 0,75% na comparação com o mês anterior. Pela análise dos técnicos, os resultados do índice mostram os efeitos da pandemia, em que houve uma retração muito drástica nos meses de março e abril.

Para chegar ao IBC-BR, o Banco Central incorpora as estimativas à agropecuária, indústria e serviços, além da arrecadação de impostos. O índice é uma ferramenta usada para definir a taxa básica de juros do país. Hoje a taxa Selic está em 2% ao ano.

Indústria do RS retoma nível de atividade

Conforme a Federação das Indústrias do RS (Fiergs) a atividade da indústria gaúcha retornou ao nível anterior ao da pandemia. É o que revela o Índice de Desempenho Industrial, com crescimento de 1,8% em novembro.

Foi a sétima taxa positiva seguida, período em que acumulou alta de 33,6%, levando o índice a superar o patamar de fevereiro (+1,5%). “Apesar de positivo, o resultado não significa a recomposição total das perdas. Poucos setores e nenhum dos indicadores escaparão de uma queda em 2020”, afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Perspectivas

Para os próximos meses, a pesquisa da Fiergs aponta para expectativa positiva, amparada nos juros baixos, na expansão do emprego, na elevada confiança empresarial e nos baixos níveis de estoques.

Por outro lado, são incertos os impactos no setor do fim do auxílio emergencial, além de um quadro de desemprego ainda elevado, a incerteza com relação à pandemia, o agravamento da situação fiscal do país e aumentos de preços e a escassez de insumos e matérias-primas.

Detalhes

  • De janeiro a novembro de 2020, o índice de atividade econômica teve uma queda de 4,63%;
  • Na análise de doze meses, a queda vai para 4,15%;

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