O economista, Ardêmio Heineck destacou na manhã de quarta-feira, 13, durante comentário no programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, a saída das unidades da Ford do Brasil. A empresa anunciou o fechamento das fábricas na segunda-feira, 11.
Conforme Heineck, o fechamento traz à tona a decisão da empresa automobilística no passado de cancelar a instalação de uma unidade montadora no Rio Grande do Sul, durante o governo de Olívio Dutra (1999 e 2002). Na ocasião, a Ford optou por transferir o projeto a Camaçari, na Bahia.
Na época, o governador não concordou com as condições solicitadas pela empresa para a instalação da fábrica no território gaúcho, especialmente em relação às isenções fiscais. “Quando Olívio disse não para Ford no Estado, a resposta dele tem duas partes. Na época, ele errou porque a Gerdau já estava instalada no território gaúcho e essa seria, talvez hoje, solução para manter a empresa no país, porque aqui estaria próxima de países do Mercosul e da globalização. Mas, ele acerta na resposta de que deveria fomentar empresas daqui”, pondera.
Heineck também ressaltou outros fatores que ocasionam a saída do país. “Eles argumentam sobre o custo do transporte dos implementos entre um ponto e outros do Brasil. O custo logístico do Brasil também é levado em conta, assim como a falta de infraestrutura”, destaca.
O comentarista acredita que a empresa perdeu mercado e não se atualizou perdendo competitividade no setor.
Ouça o comentário de Ardêmio Heineck na íntegra: