Antiga sede dos Correios, localizada no número 256 da rua Marechal Deodoro, em frente à Praça da Matriz, vai à leilão neste mês. A estatal já recebe propostas desde 18 de dezembro, que serão abertas às 9h do dia 27, última quarta-feira de janeiro. A partir das 10h, está marcado o início do certame.
Desde 1996, o prédio está abandonado, quando os a Empresa de Correios e Telegráfos (ECT) avaliou que a construção não atendia as necessidades dos Correios. Por 45 anos, a estrutura abrigou um Centro de Distribuição Domicilar e uma agência.
Em 1951, o terreno foi cedido pelo prefeito Hugo Oscar Spohr. Uma parte ao governo do Estado para construção de um Fórum e outra parte ao governo federal para a instalação dos Correios.
Essa divisão pode explicar uma incongruência entre a avaliação da estatal e o registro de imóveis do município para o leilão. A matrícula do imóvel informa “726,00m² e a área construída da edificação de 292,00m²”. Os correios, no entanto, retificam a área do terreno para 577,50m² (frente e fundos 17,50m x laterais 33,00m). Já o prédio possui 317,56m².
Como será o leilão
O leilão da antiga sede de Lajeado faz parte da venda de mais de 60 bens imobiliários dos Correios obsoletos em todo o país. Os imóveis são avaliados entre R$ 30 mil e R$ 45,8 milhões.
Conforme a estatal, “a iniciativa faz parte do programa de otimização da carteira imobiliária dos Correios e visa, além da redução de gastos com a manutenção de prédios, ociosos e subutilizados, arrecadar recursos para investimento na própria empresa. A expectativa é captar cerca de R$ 344 milhões com as alienações”, diz em nota.
O prédio de Lajeado foi avaliado, a um preço médio de R$ 1,5 milhões. O título de adiantamento prevê custo mínimo de R$ 88 mil reais ao vencedor do certame. O valor pago por quem adquirir o imóvel será descontado da primeira parcela.
As ofertas podem ser feitas até às 9h do dia 27 de janeiro. O certame ocorre, de forma online, na mesma data, a partir das 10h.
Todos os prédios leiloados estão no site .
Ocioso há 25 anos
Em desuso desde os anos 90, o prédio têm sido lar temporário de moradores de rua. Apesar de fechado com grades de ferro, resíduos deixados para trás mostram que o edifício foi recentemente usado.
Na madrugada da segunda-feira passada, dia 4, o corpo de uma mulher foi encontrado carbonizado na varanda, localizada nos fundos do prédio.