Os pífios números de contágios e os expressivos prejuízos aos alunos reforçam a tese de que não podemos insistir em erros de 2020.
As escolas não poderiam ter fechado tão cedo, muito menos por tanto tempo. Essa é a conclusão que podemos tirar após estes dez meses de pandemia e de consequências terríveis para os alunos. Enquanto a rede pública estadual ainda “luta” para concluir o ano letivo de 2020, municípios e escolas privadas montam planos e estratégias para começar 2021 de uma forma mais estruturada e capaz de dirimir os prejuízos no ensino-aprendizagem acumulados no ano passado.
Não deixa de ser uma surpresa positiva o movimento que Lajeado iniciou ontem, conforme publicado com exclusividade pelo Jornal A Hora. Documento criado em conjunto pela Secretaria da Educação e da Saúde pleiteia junto ao governo do Estado a autorização para que possa retornar com 100% das aulas presenciais em fevereiro. O pedido é tanto para as escolas da rede municipal como para as da rede privada.
Lajeado lidera o movimento e terá parceria de outras cidades da região. Arroio do Meio já tem data para iniciar o ano letivo. Dia 18 de fevereiro, e assim como Lajeado, gostaria de voltar 100% com o presencial. Resta saber qual será a decisão do Estado sobre estes pedidos.
Eu defendo, e muito, o retorno total às aulas presenciais. Perdas no desenvolvimento oral, aumento da obesidade infantil, uso abusivo de aparelhos digitais, problemas na alfabetização, maior irritabilidade, aumento da evasão escolar, etc., são algumas das conseqüências danosas às crianças nestes dez meses.
Batemos cabeça ao longo de 2020, tentando encontrar saídas e melhores fórmulas para o ensino. Dez meses se passaram e não podemos, de forma alguma, insistir nas medidas que se mostram ineficazes. Espero que o Estado seja sensível ao pedido que Lajeado lhe encaminha.
Voltar 100% às aulas presenciais não significa – e nem poderia – expor ou desproteger quem integra grupos de risco, sejam alunos, pais ou professores. Que se preserve quem precisa ser preservado, mas é imperioso devolver os alunos às escolas.
IPTU salgado em Santa Clara do Sul
O IGP-M, que é o indexador para o cálculo do IPTU, aluguel e tantos outros tributos, fechou 2020 em absurdos 23%. Fora da curva. Por essa razão, Santa Clara do Sul aplicou um acréscimo de 22% na cobrança do IPTU deste ano. Nesta semana, a câmara aprovou projeto do Executivo para desconto de 21% a quem pagar à vista em parcela única, e descontos gradativos para outras formas de pagamento.
A reação da comunidade foi imediata. Moradores cobram explicações. Ainda que os descontos sejam maiores em relação a outros anos, eles favorecem principalmente quem tem dinheiro para pagar à vista. Quem não tem pagará IPTU 22% mais caro. E isso, em ano de pandemia, de cesta básica mais cara, etc., é muito. Em outros municípios, como é o caso de Arroio do Meio, onde o cálculo do IPTU também é feito pelo IGP-M, o acréscimo foi de 3,2% na tarifa deste ano.
Cadê a lombada?
Trecho da Avenida Benjamin Constant, nos fundos do Jardim Botânico, tem uma subida – ou descida – íngreme, que faz muitos motoristas abusarem da velocidade. Atropelamento de animais e o perigo constante de acidentes levam moradores a pedir intervenção do poder público.
Faz semanas, o departamento de trânsito instalou a placa sinalizando um redutor de velocidade. Só que a descrita lombada ainda não chegou. Por quê?