Município quer retorno pleno das aulas presenciais

Educação

Município quer retorno pleno das aulas presenciais

Proposta será levada ao governo do estado e prevê aulas normais na rede municipal e privada de Lajeado

Município quer retorno pleno das aulas presenciais
Aulas presenciais foram retomadas em outubro, com uma série de medidas restritivas (Foto: Divulgação/Pietra Darte)
Lajeado

O governo de Lajeado prepara um documento que será encaminhado ao Estado, solicitando permissão para a volta integral das aulas presenciais nas redes municipal e privada no mês de fevereiro. A demanda deve ser encaminhada ao Palácio Piratini nos próximos dias e é fruto de um entendimento das autoridades de que há condições para a retomada.

Entre os principais argumentos a serem expostos pelo governo, estão as dificuldades no aprendizado à distância, sobretudo por parte das crianças, e também os baixos percentuais de contaminação entre alunos por covid-19 entre os meses de setembro e dezembro, quando as aulas presenciais foram retomadas no município.

Conforme o prefeito Marcelo Caumo, o intuito é voltar com 100% das aulas na rede municipal, que conta com cerca de 10 mil alunos matriculados. “Temos o entendimento de que há muito prejuízo para as crianças e jovens ficarem longe da escola. E temos dados da contaminação. É um universo muito pequeno, que nos dá um indicativo de que é possível retomar o atendimento integral das redes municipal e privada”, salienta.
Segundo estimativa do governo, entre crianças até cinco anos foram registrados menos de 50 casos confirmados de covid-19. De cinco a 10 anos, ficou em 55, enquanto entre alunos até 15 anos, houve cerca de 70 confirmações.

Questão pedagógica

A secretária municipal de Educação, Vera Plein lembra que diversos países voltaram com as aulas presenciais e que Lajeado voltou de forma cautelosa, o que mostra ser possível ter o ensino presencial.

“É importante que elas estejam na sala de aula, com interação social e pedagógica. Claro que a vida vem sempre em primeiro lugar. Mas também precisamos pensar muito nisso. Sabemos das dificuldades das famílias em auxiliar pedagogicamente a criança. Pais são pais, professores são professores”, salienta.

Vera lembra que, embora o governo tenha a intenção de retomar as aulas em fevereiro, isso pode demorar mais do que o previsto. “Nós começamos a projetar a volta às aulas com o Estado a partir de junho e conseguimos retomar apenas em setembro. Vamos ver se eles aceitam a nossa proposta”, avalia.

“Vai de acordo”

A rede privada de ensino também busca o retorno total das aulas no estado. Na próxima semana, a questão será abordada em reunião do Comitê Operacional de Emergência (COE) estadual, do qual fazem partes autoridades, especialistas da saúde e entidades.

O Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), que integra o COE, reforçará o pedido. O presidente da entidade, Bruno Eizerik, elogia a iniciativa de Lajeado. “Isso vai de acordo com o que defendemos. Lajeado é bastante atuante e tem tido posições importantes a favor da educação”, comenta.

Eizerik destaca que cerca de 70% das instituições associadas ao Sinepe retomaram as aulas ano passado. “Claro que o ensino remoto pode cumprir algumas coisas, mas o ensino presencial é insubstituível”, afirma.

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