O médico pediatra e sócio-diretor da Protege Clínica de Vacinas, João Paulo Weiand, participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9 na manhã desta quarta-feira, 6, e destacou sobre a importância da cautela no uso das vacinas para a prevenção da covid-19.
“A melhor será aquela que tenha a eficácia comprovada. Ideal é que a eficácia fique acima dos 90% e que a vacina tenha o menor número de efeitos colaterais”, observa.
Ele explica que o processo de criação da vacina precisa iniciar com a descoberta do composto ou substância que vai gerar imunidade. “A partir do momento que isso for descoberto, vai fazer o teste em tecido vivo ou animal para comprovar que ela produz anticorpos. Na fase 3, ocorre a aplicação na vacinação em um número pequeno de pessoas e depois é ampliado. Todas as vacinas ainda estão na fase 3. Acho que precisamos ter cautela no uso das vacinas”, lembra.
A expectativa é que a vacina seja liberada primeiramente para os membros do grupo de risco. “O que sabemos é que se desenvolve anticorpos, mas não se sabe por quanto tempo”, diz. Ele acredita que a vacina da covid-19 deva ser adotada na mesma sistemática da para a gripe que é aplicada de forma anual devido aos anticorpos.
Chegada da vacina nas clínicas
Todas as clínicas de vacina são ligadas a Associação Brasileira de Clínicas de Vacina que busca, na Índia, a compra da vacina. “Essa liberação só pode acontecer no momento que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar. Quando liberar pela agência reguladora, elas poderão ser aplicadas em clínicas particulares também.”
A vacina produzida na Índia, segundo Weiand, pode ser armazenada em ultra congeladores de 2 a 8 graus negativos, equipamentos já existentes nas clínicas de vacina.
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