Inflação do aluguel fecha o ano com 23,14% de aumento

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Inflação do aluguel fecha o ano com 23,14% de aumento

Trata-se do maior avanço desde 2002, quando o índice alcançou 25,31%

Inflação do aluguel fecha o ano com 23,14% de aumento
Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou 2020 com aumento de 23,14%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Trata-se do maior avanço desde 2002, quando o índice alcançou 25,31%.

Conforme o relatório da FGV, o índice (conhecido como a inflação do aluguel) teve interferência da desvalorização do real perante o dólar, pelo aumento no preço das commodities e também frente ao custo dos materiais de construção, muitos itens com pouca oferta no mercado interno.

Neste mês, o avanço do IGP-M foi menor do que o visto em períodos anteriores, como em novembro, por exemplo, quando houve uma alta de 3,28%. Esse resultado, avalia o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, teve influência da queda nos preços das matérias-primas, em especial a soja, que foi de 11,9% para -8,9%.

Conforme o especialista, as maiores influências em dezembro foram do minério de ferro (4,34%), óleo diesel (7,8%) e carne bovina (3,42%). Com relação ao custo para as famílias, a pressão veio da eletricidade (8,59%), passagem aérea (14,62%) e da gasolina (1,26%).

Nos itens da construção, os que tiveram elevação mais expressiva neste mês foram os vergalhões e arames de aço (4,57%), tubo e conexões de ferro e aço (6,08%) e tijolo, telha e cerâmica (3,82%).

Inflação oficial e dos aluguéis

A diferença entre o IGP-M e o IPCA passa pela fórmula de cálculo. Os índices medem aspectos distintos. O IPCA, considerado a inflação oficial, verifica a variação média de preços de bens e serviços usados pelo consumidor, como os alimentos, refeições em restaurantes, artigos de limpeza, gasolina ou tarifas do transporte público. Por isso, é o termômetro da atividade econômica do país, pois indica o comportamento do emprego, da renda e do consumo.

Já o IGP-M avalia a variação de preços no atacado e ao produtor. Entram produtos básicos com preços cotados no mercado internacional. Trata-se de matérias-primas com influência da taxa de câmbio.

 

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