O secretário de Saúde de Lajeado, Cláudio Klein, participou na manhã dessa quarta-feira, 30, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9. Na oportunidade, destacou que a pandemia da covid-19 trouxe ensinamentos. “Foi um ano seguramente diferente, para alguns um ano de leitura mais positiva, para outros envolveram perdas e dificuldades. Agora acredito que aprendemos e conhecemos muito e temos que colocar em prática, não só na vida como vida, mas ela como sociedade, ser humano.”
Klein explica que, em seu ponto de vista, o vírus da covid-19 é equivalente a qualquer outra doença respiratória. “Muitas pessoas conviveram com o surgimento da gripe suína, H1N1 e ela não é, do ponto de vista da gravidade de infecção, diferente. Em termos de gravidade se comparado com a influenza H1N1, o coronavírus é maior em mortalidade. No entanto, a H1N1 gera mais perda porque não é um resfriado, é uma gripe verdadeira”, pontua.
O secretário lembra que a influenza também requer período de isolamento, gera debilitação, causa pneumonia e morte em alguns casos. “A diferença entre ambas é que o vírus da covid-19 se propaga mais rapidamente”, explica. O vírus H1N1 foi descoberto em 2009.
Um dos fatores e que deverá, segundo ele, ser um legado deixado pelo coronavírus é o uso da máscara. “Esse ano as pessoas não tiveram piora na doença respiratória como em anos anteriores, elas não ficaram resfriadas”, analisa. As atribuições para isso são o uso da máscara, a higienização das mãos com frequência e o distanciamento social. “Quando a pandemia passar, que as pessoas usem a máscara quando sentirem algum sintoma gripal e assim vão preservar sua e a saúde do próximo.”
Ele ressalta que na última semana esteve circulando pelo posto de saúde do centro, referência para atendimentos de doenças respiratórias, e notou uma diminuição na procura. “Acredita que não vamos ter uma elevação no número de casos após as festas de fim de ano porque as pessoas estão mais conscientes.”
Fique atento
- De acordo com o secretário da Saúde, a piscina clorada não traz risco maior para a covid-19. “Tem trabalhos na internet que diz que o tratamento da água clorada elimina a transmissão do vírus.”
- Já no mar, o motivo da não transmissão tão rápida é pela amplitude do espaço. “Essas duas situações não seriam de risco epidemiológico significativo.”
Confira a entrevista na íntegra
