Em épocas de extremo calor, centenas de pessoas optam pelas atrações naturais disponíveis junto aos rios e arroios do Vale do Taquari. Contudo, os casos de afogamentos não são raros e a atual temporada já acumula uma quantidade de óbitos preocupante, logo no início do verão.
Reportagem na edição de ontem do jornal A Hora alertou para a sequência de afogamentos recentes e trouxe orientações de autoridades de segurança no que diz respeito aos riscos inerentes aos banhos em áreas sem a presença de profissionais de resgate.
Diferente do Litoral, a maioria, se não a totalidade, dos balneários do Vale não contam com agentes disponíveis em caso de necessidade de salvamento. O tempo de espera até a chegada dos bombeiros, mesmo que sejam ágeis no atendimento, pode representar a perda de uma vida para as águas.
É o caso de áreas como a Cascata Santa Rita, em Estrela, onde uma jovem de 16 anos morreu nesse fim de semana, ou na Cascalheira, entre Arroio do Meio e Lajeado, em que inúmeros afogamentos já foram registrados nos últimos anos. Nesse último, a convergência entre os rios Forqueta e Taquari ampliam os perigos aos banhistas.
Ontem, foi a vez de Encantado enfrentar o desespero de ter duas crianças levadas pelas águas. Uma foi salva e outra, infelizmente, morreu.
O alerta sempre é valido nesta época do ano. Conforme os bombeiros da região, não há áreas naturais seguras para banhistas. Mesmo assim, a procura pelo espaço continua alta.
Espaços sem salva-vidas, boias de demarcação de profundidade ou equipamentos de salvamento. Essa é a realidade nos principais pontos públicos escolhidos pelos veranistas para se banhar. Existem até pontos onde são colocados placas indicando a proibição de banho, mas a orientação costuma ser ignorada.
Que a triste sequência de mortes recentes em rios e arroios do Vale sirva de alerta à comunidade regional. Todo o cuidado é pouco para que o lazer não se transforme em tragédia.