Previsão aponta para duas semanas de pouca chuva

Estiagem no RS

Previsão aponta para duas semanas de pouca chuva

Apesar de La Niña perder força, regularidade no ciclo de precipitações só deve acontecer na metade de janeiro. Até lá, Defesa Civil mantém alerta de estiagem para o RS

Previsão aponta para duas semanas de pouca chuva
Conforme a Emater, entre o fim de novembro e primeiras semanas de dezembro, acumulado de chuva chegou a 120 milímetros, o que trouxe melhoria nas condições do solo (Foto: Filipe Faleiro)
Vale do Taquari

Apesar de o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acreditar que o fenômeno La Niña esteja perdendo força, o nível de chuvas para a região e para o RS deve seguir abaixo do normal. Pelo menos é o que se espera para os próximos 15 dias.

Tanto que a Defesa Civil mantém alerta de estiagem severa, em especial no noroeste e norte. Para a agricultura, maior prejuízo está na lavoura de milho e pode trazer impacto também para a soja, que começou a ser plantada nos últimos dias.

As chuvas isoladas, típicas do verão, não serão suficientes para recuperação dos reservatórios de água, umidade do solo e melhoria das condições das lavouras, em especial de milho. Pelo acompanhamento das chuvas, os meses de agosto, setembro e outubro foram quase nulos em termos de precipitações.

Conforme o Inmet, os volumes mais significativos só começaram a ser registrados em novembro. Com a escassez de chuva, diversas cidades gaúchas enfrentam dificuldades. Já passa de 100 municípios que decretaram situação de emergência.

Tendência de estiagem menos severa

Entre o fim de novembro e as primeiras duas semanas de dezembro, o escritório regional da Emater\Ascar-RS contabilizou 120 milímetros de chuva no acumulado. Essa quantidade foi o suficiente para melhorar as condições do solo e das lavouras, em especial o milho, conta o gerente adjunto da unidade, Carlos Lagemann.

De acordo com ele, no cultivo da soja, muitos agricultores atrasaram o plantio. Como o solo estava com mais umidade, houve condições melhores do que se tivessem mantido o período tradicional. Esse maior prazo foi benéfico mas também traz riscos, caso falte regularidade das precipitações nas últimas semanas de janeiro. “ Agora não há muito que fazer. É esperar e torcer por chuvas constantes. Pode até ficar abaixo da média, desde que sejam em um prazo curto. O problema é ficar muito tempo sem nenhuma chuva.”

Apesar dessa previsão de chuvas menos intensas, a expectativa é que essa estiagem seja menos severa do que na safra 2019\20. “Os prognósticos mostram que o La Niña vai perder força. Com isso, há uma tendência de que a falta de chuva não seja tão severa como no verão passado.”

Prejuízo no norte e nordeste do RS

A Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento já confirma prejuízos para o campo. A cultura mais afetada neste momento é o milho. Pela análise técnica da secretaria, as intempéries resultaram em perdas na ordem de R$ 500 milhões na lavoura. As regiões mais atingidas são o Norte e o Nordeste gaúcho.

Acompanhe
nossas
redes sociais