Atuando em uma empresa da Tecnologia e Inovação na Suécia, o lajeadense Jean Zagonel, 34 anos, está na cidade visitando familiares, e esteve participando do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã de segunda-feira, 28. Na oportunidade, ressaltou que recentemente o país sueco começou a orientar o uso de máscara para prevenção à covid-19.
“A última vez que conferi os números de mortos pela doença, quando comparado a mundo, me pareceu um número que acompanha outros países. Mas, quando comparado aos vizinhos da Suécia, como a Dinamarca e a Noruega, por exemplo, é um número elevado”, ressalta. Zagonel conta que no início da pandemia, em março, o governo passou orientações sobre a higienização das mãos e álcool em gel. Em seguida, permitiu comemorações com até 500 pessoas, mas logo restringiu para no máximo 50. “Orientou restaurantes que afastassem mesas, mas não restringiu as atividades econômicas”, pontua.
Para o lajeadense, egresso da Univates do curso de Administração e Comércio Exterior, com pós-graduação em Marketing e Comunicação e mestrado em Estratégia de Gestão para Organizações Internacionais, a pandemia deixa o aprendizado para o uso das tecnologias. “Me parece que a covid-19 foi um gatilho para que víssemos o que tínhamos disponível. A partir do momento que as pessoas começaram a experimentar essas ferramentas, elas viram que era possível”, observa.
A partir dessas mudanças, ele acredita que muita coisa adotada ao longo da pandemia deve permanecer para a vida. “Tenho dúvidas se tudo teria avançado tão rápido se não fosse a pandemia.”
Construção Civil
Empresário ligado a Construtora Zagonel, Jean vê com otimismo o que ocorre no setor da construção civil até o momento. “Quando acompanhamos dados do que ocorreu nos dez primeiros meses de 2020, os financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo aumentaram em 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso mostra que a pandemia acelerou e aumentou as vendas, mas também é injusto creditar isso apenas a pandemia, quando a taxa de juros é mínima histórica.”
O lajeadense explica que vê o imóvel como uma opção para proteger o dinheiro. “O imóvel tende a acompanhar a inflação e pode proporcionar ganho”, observa. De acordo com ele, muito dinheiro estava antes em renda fixa, mas agora migra para imóveis. “Quem tem dinheiro em renda fixa, busca segurança e não quer correr risco.”
Promove Lajeado
Mesmo residindo na Suécia, Zagonel participou de algumas reuniões do Promove Lajeado. Segundo ele, quando empresas, universidades e administração se unem para olhar para problemas existentes e tentam solucioná-los é um movimento que se inicia para o desenvolvimento. “O desafio é integrar esses atores e eu vejo que o Promove tem buscado isso. Já vemos alguns resultados, como a criação de espaços de inovação. É uma construção que não existe receita pronta, é preciso trabalhar junto.”
Tendo a Suécia como referência mundial em inovação, Jean fala que o trabalho realizado lá é semelhante ao que vem sendo colocado em prática pelo Promove Lajeado.
Confira a entrevista na íntegra:
