Votação fica para os futuros vereadores

Reforma administrativa

Votação fica para os futuros vereadores

Na última sessão ordinária do ano, câmara não votou pacote que reduz secretarias. Maioria entendeu que proposta carece de mais discussão

Votação fica para os futuros vereadores
Após reunião com conselhos, não houve acordo para apressar tramitação. Foto: Matheus Chaparini
Estrela

A proposta de redução no número de secretarias de 11 para oito deve ser decidida pelos vereadores que assumem em janeiro.

O pacote com cinco projetos foi entregue ao Legislativo na terça-feira passada, 22. A proposta foi enviada pelo atual prefeito, Rafael Mallmann (MDB), a pedido do prefeito eleito, Elmar Schneider (PTB).

Diante da complexidade da matéria, os vereadores haviam pedido uma reunião com representantes dos conselhos municipais ligados às secretarias afetadas pela proposta. Ontem à tarde, ocorreu uma reunião entre os parlamentares e presidentes dos conselhos de Assistência Social, Habitação, Meio Ambiente e Cultura.

Após o encontro, não houve acordo das comissões para acelerar a tramitação e colocar os projetos em votação. Assim, o pacote deve ser apreciado pelos futuros vereadores, que iniciam mandato no próximo ano. A única possibilidade de votação ainda este ano é a de uma convocação extraordinária, que precisa ser solicitada pelo prefeito e convocada pelo presidente da câmara com 48 horas de antecedência.

Apesar da redução de secretarias, a proposta gera uma economia de cerca de R$ 3,6 mil ao mês, ou menos de 1%. São cortados os Cargos em Comissão de menor remuneração e criados novos CCs de maior custo.

Críticas à reforma

Débora Martins (MDB) afirmou que os conselheiros não tinham cohecimento da reforma e demonstrou preocupação principalmente com a inclusão da assistência social na pasta da saúde. “Politica de assistência social é uma coisa, política de saúde é outra. Precisam de atenção adequada e não podemos retroceder.”
Volnei Zancanaro (PSL) criticou o aumento de CCs de alta remuneração. “Não sou contra a extinção das secretarias, se ela for bem trabalhada, se ela tiver um CC a nível de um secretário que tome conta, mas não 22. Se é para termos 22 pessoas para administrar essas três, se deixe como está.”

Norberto Fell (Cidadania) afirmou que a extinção de secretarias pode dificultar a obtenção de verbas federais. “Nenhum deputado ou ministro ousa apostar politicamente em um município que não dá prestígio a determinada atividade.”

Projetos votados

Constavam na ordem do dia dois projetos de lei. O projeto que revogava a doação de terreno público à empresa Renovale Indústria e Comércio de Veículos Ltda – EPP, devido ao fato de já ter se passado o prazo do contrato, foi reprovado por unanimidade.

Já a matéria que autoriza o chamamento público para credenciamento de pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde foi aprovada por todos os vereadores.

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