“Representar o Papai Noel não é apenas vestir uma roupa”

Abre aspas

“Representar o Papai Noel não é apenas vestir uma roupa”

Carlos Alberto Stein, 56, representa um dos personagens mais conhecidos do mundo: o Papai Noel. O que começou como uma brincadeira na loja onde trabalhava, em 1987, se transformou em uma missão: levar o espírito de Natal para casas, eventos, escolas e entidades. O morador de Lajeado pretende seguir com a “profissão” até quando a saúde permitir.

“Representar o Papai Noel não é apenas vestir uma roupa”
Vale do Taquari
oktober-2024

Quando e como começou com a tradição de vestir o personagem Papai Noel?
Tudo começou quando um colega se vestia de Papai Noel para animar o período de Natal na Loja Hüffner, no Centro de Lajeado, onde trabalhávamos. Quando ele deixou a loja, em 1987, eu ocupei o lugar para mantermos a tradição viva. Naquele período, o filho do proprietário do estabelecimento me pediu para entregar presentes para a família e, depois daquele Natal, nunca mais parei. Participava em pequenos eventos, para a minha família e fiquei popular neste meio. Hoje em dia, me chamam para participar de eventos em toda região.

Por que se caracteriza de Papai Noel?
Representar o Papai Noel não é apenas vestir uma roupa. Sempre deixo uma mensagem para a família ou evento que visito. Transpasso um sentimento meu, com palavras de amor. É uma missão de tanta responsabilidade que hoje tem pessoas que me procuram, pois participaram de eventos quando eram crianças.
Ver a alegria de crianças e adultos também me motiva. Percebo que as pessoas gostam do sentimento que levo com esse personagem.

Como é a sua fantasia? A barba é natural?

No começo, eu utilizava a roupa, máscara e barba cedidas pela Loja Hüffner. E assim seguiu por vários anos. Até que em um evento, com aproximadamente 600 crianças, eu fui cercado por elas e quase fui descaracterizado. Consegui sair do meio do tumulto e me ajeitar no banheiro. Foi quando eu pensei: isso nunca mais pode acontecer. Antes eu pintava ela para ficar branca, mas agora não preciso mais.
Desde lá, deixo minha barba crescer do fim de março até o dia 25 de dezembro. Me perguntam ‘O que tu coloca nessa barba que ela cresce tão ligeiro?’. Não coloco nada, sempre respondo que é o espírito natalino que me ajuda, pois é um sentimento único.

Qual o sentimento de representar um personagem tão amado?
No começo até tinha vergonha de me caracterizar, hoje já levo como uma missão. Enquanto eu tiver condições, vou continuar como o Papai Noel.

Recebe muitos pedidos das crianças?
O que eu mais recebo é o bico (chupeta) de crianças. Elas me entregam a pedido dos pais. Eu guardo e depois devolvo para os pais porque sei que a criança vai sentir falta do objeto. Mas no geral, recebo muitas cartinhas com pedidos. Fica impossível lembrar de uma só, pois todas são especiais. Sempre tento passar para as crianças que muito além do Papai Noel, o Natal é a chegada do menino Jesus.

Tem alguma lembrança ou Natal especial que passou?
No ano passado, participei de um evento empresarial que reuniu mais de 3 mil pessoas. Lá me senti valorizado. Tinha um lugar especial para o Papai Noel. Além disso, durante o evento ocorreu uma carreata. Enfim, foi um momento muito bonito. Porém, todos os locais que visito são especiais. Todos me proporcionam um momento único.

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