A câmara de vereadores aprovou nesta terça-feira, 22, projeto do Executivo que concede incentivo à empresa Assessoria e Consultoria Mônica Eirelli EPP para construção de um novo pavilhão industrial junto à RSC 453.
O município cederá até 150 horas/máquina, que podem ser realizadas com equipamentos próprios ou terceirizados.
Na justificativa, o Governo indica que o espaço será “locado para uma tradicional indústria do Município”, no entanto, não indica qual. Como contrapartida, a empresa que se instalar no pavilhão deverá permanecer em Lajeado por no mínimo cinco anos e gerar trinta novos postos de trabalho. Ainda segundo o texto, a indústria em questão ampliará sua capacidade produtiva em 30% no período.
Antes da votação, o vereador Sérgio Kniphoff (PT) tentou o arquivamento da matéria, que foi rejeitada pelos parlamentares. O projeto foi aprovado com um voto contrário, de Eder Spohr (MDB) e abstenção de Neca Dalmoro (MDB).
O projeto já havia sido aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico Municipal (Condem).
Outros projetos
Dos projetos que constavam na ordem do dia, só não foi votada a concessão de benefício fiscal à Florestal Alimentos, que teve pedido de vista.
Foram aprovados um crédito complementar à Secretaria de Saúde, alteração no Regime próprio de Previdência dos Servidores e no Código Tributário Municipal. Foram aprovados ainda dois nomes de rua no loteamento Verdes Vales III. A rua F13 passa a se chamar Albano Wagner e a D13, Oda Wagner.
Críticas à Corsan
Durante as falas, ao menos cinco vereadores apresentaram críticas à Corsan pelas recorrentes reclamações de falta d’água por parte principalmente de moradores do bairro Santo Antônio.
Nilson do Arte (PP) afirmou que conversou recentemente com o gerente regional da companhia, Alexsander Pacico e obteve a resposta de que um novo poço artesiano está pronto, faltando a tubulação para ligar o poço e que a situação estará resolvida nos próximos dias.
Para Lorival Silveira (PP), a situação demonstra a desigualdade social no município. “A gente pede, conversa, se indigna, mas nada é feito. Se esse problema acontecesse em um bairro de classe média alta ou alta, tenho certeza que em 30 dias seria resolvido.”
A companhia foi alvo de críticas também dos vereadores Lorival Silveira, Neca Dalmoro, Mariela Portz (PSDB), Marcos Schefer (MDB) e Fabiano Bergmann (PP).