Nessa semana, o Hospital Bruno Born (HBB) de Lajeado foi Acreditado Nível 3 com Excelência pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). O diretor executivo da instituição, Cristiano Dickel, destacou o padrão de qualidade da casa e a responsabilidade ainda maior com o reconhecimento. “Não é simplesmente ter certificação. Não estamos fazendo algo para colocar cargo na parede. Não significa que hospital que atinge nível de excelência não vá ter problemas, mas a forma de encerrar os problemas muda”, disse durante entrevista ao programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9 na manhã dessa terça-feira, 22.
Dickel explica que o processo da casa de saúde é informatizado. “Seja no controle documental, mensuração dos processos, tempos e movimentos do paciente. Estamos sempre gerando informação”, diz. Há uma parceria com uma Startup para liberar a Troponina, exame que identifica se o paciente está infartando ou não em 8 ou 10 minutos. “Hoje levamos 35 minutos para saber sobre isso. Nosso padrão é maior que o do Hospital Israelita Albert Einstein”, ressalta.
Após a certificação de excelência, Dickel destaca que iniciam os trabalhos para garantir um padrão internacional. “Não vamos parar o processo, é algo que precisamos deixar para a instituição”, pontua. Ao adotar um protocolo internacional, de acordo com ele, as exigências aumentam. “É abrir as portas para audição e ter pessoas auditando em tudo. Chegando e dizendo que esse protocolo adotado com tal paciente não é adequado. Isso não é fácil porque tu expõe toda a tua capacidade técnica.”
Parceria com o Hospital Sírio-Libanês
Durante a entrevista, Dickel explicou que a partir de janeiro o Hospital Sírio-Libanês fará parte da instituição na validação dos exames de mamografia e ressonância. “Fechamos um acordo e eles vão buscar aleatoriamente exames laudáveis e validar a qualidade deles. Irão avaliar a técnica adotada, o protocolo, o equipamento na forma de captar as imagens, o tempo que levamos para fazer os exames e avaliar a qualidade do laudo dispensado ao cliente”, explica. Com a adoção dessa parceria, será possível adotar melhorias nos exames e no serviço ofertado.
Cuidados paliativos
A meta é criar, para o próximo ano, uma unidade 100% exclusiva para cuidados paliativos. Ou seja, espaço para atender pacientes que já buscaram o máximo no tratamento, mas não tem mais o que fazer. “As vezes essas pessoas têm seu fim de vida tendo dor e não em um lugar adequado, ficando longe de suas famílias”, pontua.
A ideia é criar um espaço com quartos individuais com vista para o jardim interno da instituição para que esses pacientes possam ter o descanso merecido. “Já fechamos com uma equipe médica especializada em cuidados paliativos e vamos conseguir criar uma unidade exclusiva para isso.”
“As doenças continuam”
Além dos casos de covid-19 no Hospital Bruno Born, Dickel lembra que as demais doenças continuam. “Utilizamos essa dificuldade como forma de melhorar mais ainda e buscar qualidade para a instituição.”
Ele acredita que tenha ocorrido, mais uma vez, uma estabilidade na doença. No entanto, destaca que os profissionais estão cansados. “Fomos um dos primeiros a atender casos de covid na região e nos transformamos em referência. Devido a isso, temos recebidos pacientes para serem tratados de diferentes locais.”
Confira a entrevista na íntegra: