Assembleia decide hoje modelo tributário para 2021

ICMS gaúcho

Assembleia decide hoje modelo tributário para 2021

Sessão sobre reforma tributária começa às 9h. Na véspera, base aliada ainda articulava flexibilizações no projeto. Mudanças não foram divulgadas, mas nos bastidores é debatida a redução no prazo de vigor da alíquota para combustíveis, energia e telefonia

Assembleia decide hoje modelo tributário para 2021
Além da votação sobre o pacote do ICMS, deputados vão apreciar ainda mais 18 projetos na última sessão ordinária do ano. Foto: Divulgação
Estado

O último capítulo da saga sobre o ICMS gaúcho pode ocorrer hoje pela manhã. O projeto de reforma tributária do governo de Eduardo Leite é o primeiro na ordem do dia da Assembleia Legislativa. A plenária começa às 9h. Caso não haja acordo, não está descartada a convocação para uma sessão extra na próxima semana.

Na votação marcada para a quinta-feira da semana passada, a base aliada esvaziou a sessão. Não havia os votos suficientes para a matéria passar e como estratégia para uma possível reprovação, o caminho foi retirar o quórum para mais alguns dias de negociação. Persiste a contrariedade à continuidade das alíquotas majoradas sobre combustíveis, energia elétrica e telefonia.

A base aliada é composta por 33 deputados. Para aprovar a proposta, o governo precisa de 28 votos. Só o MDB, tem oito parlamentares. É justo sobre a bancada mais numerosa do parlamento que existe maior restrição da proposta do Executivo. Na tarde de ontem, a direção do partido emitiu uma nota em que concorda com a prorrogação das alíquotas. No entanto, diretório gaúcho deixou livre para os deputados escolherem se aceitam ou não o projeto do governo.

Impacto pode chegar a R$ 4 bilhões

Pelos cálculos do Piratini, o fim da alíquota de 30% sobre combustíveis, energia e telefonia, traria prejuízos para a sociedade. Além dos quase R$ 4 bilhões a menos nos cofres públicos, seria inviável aderir ao plano de renegociação das dívidas com a União.

Em conferência pela internet na semana passada, o governador Eduardo Leite também destacou a inviabilidade de manter o pagamento dos salários do funcionalismo e a nomeação dos aprovados nos concursos para a segurança pública. Caso aprovada a proposta, a perda de receita cairia para próximo dos R$ 2 bilhões.

Nota do MDB

“A Comissão Executiva do MDB do Rio Grande do Sul – após analisar a proposta do Governo do Estado de manutenção das atuais alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e ouvir setores da sociedade –, deliberou por recomendar o voto favorável da bancada dos deputados estaduais do MDB a uma proposta que possibilite uma transição regressiva das alíquotas, na linha das sugestões da Fiergs e Fecomércio-RS. A medida garante que a sociedade, já a partir de janeiro do próximo ano, pague menos impostos e, ao mesmo tempo, assegura ao Estado condições financeiras para que os serviços básicos à população sejam mantidos, especialmente na área da saúde.

Tal decisão leva em consideração fatores como a aceleração da pandemia de Covid-19, a falta de recursos que será enfrentada pelos novos prefeitos a partir de 2021 e o compromisso do partido com o futuro dos gaúchos. E, ainda, a recente aprovação da Lei Complementar 101/2020, que facilitará à adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ação iniciada no Governo Sartori e sustentada pela Bancada do MDB na Assembleia Legislativa, garantido maior fôlego financeiro ao Estado.

O MDB lembra que o governo de José Ivo Sartori alertou, ainda em 2018, da necessidade de manter as atuais alíquotas por maior período. Assim, o partido se coloca ao lado do Rio Grande do Sul na busca por um equilíbrio financeiro para o futuro de todos os gaúchos.”

Acompanhe
nossas
redes sociais