Os impactos causados por temporais nesse final de semana foi o principal tema da sessão da câmara de vereadores de segunda-feira, 21.
O vereador Élio Kunzler (PV) parabenizou a Defesa Civil pela prontificação ao ceder lonas à famílias que tiveram a residência atingida para o temporal e solicitou atenção do Executivo. “Espero que a prefeitura olhe, com bons olhos, para essas famílias que tiveram a casa destelhada porque foi a natureza, ninguém espera”.
Já Márcio Mallmann (PP) destacou a falta de luz nas comunidades do interior. Conforme ele, o fornecimento de energia elétrica “foi uma catástofre”. Conforme o vereador, as quedas de luz não foram culpa das instabilidades meteorológicas. “Há 50 anos atrás, a energia ia embora por causa de um temporal, mas em três ou quatro horas, a energia era reestabelecida”.
O assunto também foi abordado no Redação nas Ruas, da Rádio A Hora 102.9. Às 16h, ainda eram identificados pontos sem o abastecimento de luz, como a propriedade de Selmo Wermann, em Linha Delfina.
“Nós somos cerca de 16 famílias e a gente sofre, perde leite, o freezer já não tem mais como segurar os produtos que a gente guarda”, reivindica Wermann.
Conforme o produtor, na manhã de ontem funcionários da RGE realizaram procedimentos de manutenção e prometeram a volta da luz ao meio dia.
Na sessão plenária, Mallmann destaca que os custos de produção dos agricultores fica muito mais expressivos. Com o fornecimento irregular de energia elétrica, as maquinas queimam e os geradores de energia à gasolina tem que ficar ligados constantemente.
“Se morrer 50 mil frangos e nós juntarmos e colocarmos na frente da RGE, na frente de qualquer órgão público vai ter lei para nos punir. Mas será que não tem lei para garantir que nossos produtores tenham acesso a energia de qualidade. Por que essas leis não são colocadas em prática?”, questiona.
José Alves (PTB) classificou o episódio como “uma vergonha”. Para ele, os responsáveis de fornecimento do serviço de luz se usam a pandemia como maneira de se “esconder”. Já Marco Wermann (PV), indica que se façam denúncias a órgãos como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para que as reivindicações tenham mais força e registros oficiais.
Votação adiada
A única votação na Ordem do Dia, do projeto de lei que “autoriza o Executivo Municipal a efetuar a doação de bem imóvel à empresa Renovale”, foi suspensa.
A câmara recebeu o pedido de vistas do vereador Felipe Schossler (PTB). O projeto foi retirado da sessão e pode retornar em outra oportunidade.