Via Central vence leilão de concessão com pedágio a R$ 3,36 na RSC-287

Transporte

Via Central vence leilão de concessão com pedágio a R$ 3,36 na RSC-287

Rodovia será a primeira no Estado concedida à iniciativa privada

Via Central vence leilão de concessão com pedágio a R$ 3,36 na RSC-287
Vale do Taquari

O Consórcio Via Central foi o vencedor do leilão de concessão da RSC-287. A concessionária, que vai administrar e promover melhorias nos 204,5 quilômetros entre Tabaí e Santa Maria, pelo período de 30 anos, ofereceu o valor de R$ 3,36 para o pedágio básico na rodovia, um deságio de 54,41% em relação ao valor de referência, que era de R$ 7,37. As outras três propostas apresentadas no leilão foram do Consórcio Integrasul (R$ 4,75), da Conasa Infraestrutura (R$ 6,70) e da CCR (R$ 7,30).

O investimento que a Via Central deverá fazer na rodovia será de R$ 2,7 bilhões, incluindo a duplicação de todo o trecho nos dois sentidos de tráfego durante o contrato de concessão. As obras na RSC-287 devem começar no segundo trimestre de 2021. Para custear a duplicação e as melhorias de segurança viária ao longo da rodovia, estão previstas a instalação de mais três praças de pedágio (km 47, em Tabaí; km 168, em Paraíso do Sul; e km 214, em Santa Maria), além das duas já existentes (km 86, em Venâncio Aires; e km 131, em Candelária), administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

Trata-se de uma das maiores concessões já feitas em estradas do Estado e que antecipa o que pode ocorrer com as praças de Boa Vista do Sul, Encantado e Cruzeiro do Sul.

O trecho hoje é administrado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e tem duas praças. A empresa vencedora poderá instalar mais três pontos de cobrança, desde que já tenha iniciado as obras de duplicação da pista.

Fim da EGR

O plano do governo é repassar as ERSs 129, 130 e 453 à gestão privada. Antes da chegada da covid-19, havia a perspectiva de lançar os projetos executivos neste ano, inclusive com abertura dos leilões. O avanço da doença obrigou uma revisão nos prazos. A expectativa é que esse estudo seja apresentado à comunidade entre janeiro e fevereiro de 2021.

Pela análise do governo, não é viável lançar um único modelo para substituir com agilidade os mais de 700 quilômetros mantidos pela EGR, pois trechos com alto fluxo e alta rentabilidade teriam diversas interessadas enquanto rodovias com menor potencial econômico seriam deixadas de lado. O ideal seria unir trechos rentáveis com outros de menor movimento, como uma forma de equilibrar o interesse das concessionárias.

Necessidade estadual

Em 2018, especialistas em infraestrutura apresentaram ao governo do Estado o Plano Estadual de Logística de Transportes (Pelt-RS). O documento tinha como uma das obras prioritárias o aumento da capacidade na ERS-287. Do contrário, haveria um colapso no fluxo de transportes entre as regiões cortadas pela rodovia.

O estudo mostra que a rodovia é um eixo que interliga regiões, passando por polos econômicos do centro, Vale do Rio Pardo e Taquari, em especial devido a ligação com a BR-386.

Sem capacidade de investimento de recursos públicos, o diagnóstico apresenta como melhor alternativa a concessão da estrada à iniciativa privada.

Outro ponto crítico é a ERS-130. Por dia, estima-se que mais de 28 mil veículos transitam no trecho de Encantado, passando por Arroio do Meio, Lajeado e Cruzeiro do Sul.

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