Levantamento indica aumento de focos  de Aedes aegypti no Vale

Dengue

Levantamento indica aumento de focos de Aedes aegypti no Vale

Em 2019, nove focos foram encontrados nos bairros. No mesmo período deste ano, o número subiu para 25. Proliferação do mosquito preocupa Vigilância Ambiental

Levantamento indica aumento de focos  de Aedes aegypti no Vale
Levantamento foi realizado entre 30 de novembro e 9 de dezembro e localizou larvas do mosquito em 10 bairros (Foto: Ramiro Brites)
Vale do Taquari

O Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) realizado pela Vigilância Ambiental de Lajeado teve os dados divulgados nesta semana que apontaram um aumento de 177% em relação ao levantamento realizado mesmo período do ano passado. O número acende o alerta para uma possível epidemia de dengue, chikungunya ou zika vírus.

No total, 63 amostras foram coletadas, contendo 420 larvas de diversas espécies. Dentre estas, 25 eram do mosquito Aedes Aegypti, localizadas nos bairros Santo Antônio, Planalto, Campestre, Conservas, Montanha, Moinhos D’Água, Centenário, Morro 25, Americano e Olarias. No ano passado, foram encontrados nove focos do em quatro bairros.

O LIRAa foi realizado no município entre os dias 30 de novembro e 9 de dezembro, no qual foram visitados mais de 2 mil imóveis em todos os bairros do município, com apoio de mais de 80 profissionais. Conforme a bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius, a coleta é realizada em determinados quarteirões mediante sorteio.

Possibilidade de epidemia

Com a presença do mosquito transmissor de doenças como a dengue, se aumenta a chance de uma epidemia local. “Para o surto acontecer, só nos falta uma pessoa infectada. O mosquito está presente em muitos bairros e acende o alerta para essa possibilidade”, explica Catiana.

O próximo levantamento está previsto para ocorrer em fevereiro. Até lá, a Vigilância Ambiental trabalha no monitoramento dos bairros com maior incidência de focos. “Os agentes de combate a endemias vão realizar visitas para eliminar criadouros do mosquito em casas e terrenos baldios”, relata.

Prevenção

A orientação da Vigilância é de que a comunidade fique atenta a pontos de proliferação do mosquito, que se reproduz em água parada. De acordo com a bióloga do município, os moradores de Lajeado devem tampar os tonéis e caixas d’água, manter as calhas limpas, preencher pratos de vasos de plantas com areia e se atentar a água acumulada em áreas de serviço, atrás da máquina de lavar roupa e geladeiras.

A Vigilância oferece um canal de denúncias, pelo telefone 3982-1216, quando a comunidade identificar possíveis focos do mosquito, tanto em locais públicos como particulares.

No Vale

No estado são 3.305 casos de dengue autóctones, que são casos contaminados no local. Em Lajeado, são três casos no ano, e todos importados. Conforme Catiana, nenhum teve a contaminação no município.

Na região da 16º Coordenadoria Regional de Saúde, são 24 municípios considerados infestados (veja no mapa), conforme o último relatório publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS). O levantamento, publicado em 7 de novembro, indica cidades infestadas nos últimos 12 meses.

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