Governo revisa proposta e alerta sobre colapso se não for aprovada

Tributos no RS

Governo revisa proposta e alerta sobre colapso se não for aprovada

Para combustíveis, energia e telefonia, alíquota segue em 30% por três anos. Na modal, cai de 18% para 17,5% em 2021. No Simples Gaúcho, isenção é ampliada para faturamento anual de até R$ 360 mil. Cobrança do IPVA é retirada do texto

Governo revisa proposta e alerta sobre colapso se não for aprovada
Governador Eduardo Leite apresentou mudanças no texto da reforma tributária aos deputados. Votação pode ocorrer entre hoje e amanhã (Foto: Divulgação\Palácio Piratini)
Estado

“Quem é contra a reforma quer pagar mais impostos”. Com essa afirmação, o governador Eduardo Leite frisa a importância do parlamento gaúcho aprovar a proposta sobre o novo sistema tributário.

Na terceira tentativa de colocar o tema em votação, o Piratini realça que as empresas pagarão menos impostos a partir da aprovação do projeto. “Se não for aprovado nenhum projeto, em vez de pagar 12% nas compras dos empreendedores, pagarão 17%. É menos do que paga hoje, mas é bem mais do que aquilo que estamos propondo”, afirma o governador.

De acordo com o chefe do Executivo, a extinção da tarifa diferenciada do imposto de fronteira, todas compras para insumos e produtos das empresas, trarão mais benefícios e competitividade para as empresas gaúchas.

“Essa é a decisão que o RS precisa tomar: ser um Estado que cobra mais impostos dos seus empresários, especialmente os pequenos e médios, ou um Estado que reduz os impostos e garante, ainda assim, a condição de prestar serviços e de investir para o futuro do Rio Grande”, destacou o governador.

O RS tem cerca de 310 mil empresas, das quais cerca de 260 mil estão enquadradas no Simples Gaúcho – 65% do total. Aquelas com faturamento de até R$ 360 mil por ano representam 80% e, por isso, são isentas de ICMS no Simples Gaúcho.

Conforme o governador, mesmo sem pagar precatório e a dívida com a União, o Estado já é deficitário. “Muitas das reformas que fizemos ajudaram a reduzir uma parte desse déficit e eliminar ou pelo menos reduzir o crescimento vegetativo. Se não fosse isso, estaríamos discutindo agora o aumento de alíquotas, mas, graças ao entendimento dos deputados e da sociedade, conseguimos evitar isso.”

Conforme os cálculos, caso seja o projeto seja reprovado, o RS deixaria de arrecadar mais de R$ 2 bilhões. Como resultado, não seria possível contratar novos servidores, em especial na segurança pública, bem como traria dificuldade para quitar compromissos com a folha salarial do funcionalismo, pagamento de hospitais, de fornecedores e investimentos em estradas.

Projeto anterior

Alíquotas de ICMS

  • Combustíveis, energia e telefonia: 30 % por 4 anos
  • Tarifa modal: 18% em 2021, voltando a 17% a partir de 2022
  • Simples gaúcho: isenção do Simples Gaúcho até R$ 180 mil (60% dos CNPJs)

 

Como fica:

  • Combustíveis, energia e telefonia: 30% por 3 anos
  • Alternativa: 17,5% em 2021, voltando a 17% a partir de 2022;
  • Simples gaúcho: isenção para faturamento anual de até R$ 360 mil (80% dos CNPJs)

 

O que fica:

Fim do imposto sobre fronteira (Difal). Alíquota tanto para compras internas ou de outros estados fica em 12% de ICMS;

 

Retirado da proposta

 

Tributação de PGBL e VGBL, exclusão de áreas ambientais e descontos antecipados retirado para discutir e voltar ano que vem;

 

IPVA: mudanças para 2022 (idade de 30 anos, obrigatoriedade de emplacamento e fim da isenção dos elétricos). Não está mais no texto, estratégia é fazer um projeto específico no próximo ano;

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