Região está atenta ao “plano B” para vacina

Saúde

Região está atenta ao “plano B” para vacina

Após governo do estado firmar convênio para compra da CoronaVac, Famurs e prefeitos da região metropolitana também assinaram acordo para aquisição das vacinas produzidas em São Paulo. Presidente da Amvat prefere que coordenação venha do Ministério da Saúde

Região está atenta ao “plano B” para vacina
(Foto: Divulgação)
Brasil

Enquanto aguardam a definição de um cronograma de vacinação contra a covid-19 no país, prefeitos de todo o RS se articulam para um “plano B”, seguindo o exemplo do governo do estado. A iniciativa é liderada pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Na última semana, a entidade, juntamente com representantes da Associação de Municípios da Região Metropolitana (Granpal), assinou um convênio com o governo de São Paulo para compra da CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

O Vale se mantém atento aos desdobramentos quanto à disponibilização da vacina no estado, ainda que não se tenha uma certeza de quando os imunizantes chegariam. Mas a posição do presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Imigrante, Celso Kaplan, é de que, o ideal, seria uma distribuição coordenada pelo Ministério da Saúde.

“Com certeza seria o ideal, como ocorre em todas as campanhas de vacinação, como a da Pólio. Temos uma rede completa, que é sempre atuante. Eles têm um preparo melhor do que nós para organizar”, salienta, adiantando, porém, que não é contra a vacina produzida pela CoronaVac.“Estão buscando no sentido de ter, em primeira mão, a vacina”, salienta.

Um plano nacional de imunização foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) no sábado, mostrando que já foram garantidas 300 milhões de doses contra a covid-19 por meio de três acordos: Fiocruz/AstraZeneca (a mais avançada), Covax/Facility e Pfizer.

“Não pode virar politicagem”

As seguidas trocas de farpas entre o governo federal e o governo de São Paulo causam reflexos nos demais estados. Várias unidades federativas demonstraram interesse no imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan, sendo Santa Catarina a mais avançada. Porém, ainda não possuem previsão de quando (e se) receberão as vacinas da CoronaVac.

Kaplan lembra que o próprio governador Eduardo Leite, que assinou o convênio para a vacina desenvolvida em São Paulo, prefere uma articulação nacional em torno da imunização contra a covid-19.

“É momento de ter equilíbrio. Não pode virar politicagem. E é preciso parar de brigar, sobre quem é o padrinho da vacina, dos imunizantes. E tem que ser para todos, não apenas para um. Queremos muito a vacina”, afirma.

Lista de espera

Para o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, a iniciativa de assinar convênio com o governo de São Paulo é uma forma de colocar o RS em uma possível lista de espera em caso de uma eventual compra das vacinas.

“Caso o governo federal continue sem nos dar respostas no combate à pandemia, temos um plano B que pode garantir a chegada das vacinas às cidades gaúchas”, disse, durante a assinatura do convênio.

Saiba mais

A CoronaVac

  • Considerada o “plano B” do Estado para imunizar a população gaúcha, a vacina CoronaVac é produzida no Instituto Butantan, em São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac;
  • A capacidade de produção no laboratório é de 1 milhão de doses por dia. A fabricação iniciou na última quinta-feira, 10;
  • A vacina está na fase 3 de testes no Brasil e em outros países, como Indonésia, Chile e Turquia. Nesta etapa, é investigada a eficácia contra a covid-19. As duas etapas anteriores tiveram resultados satisfatórios.

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