Lajeado abre processo contra empresa que distribuiu álcool em gel supostamente adulterado

Administrativo

Lajeado abre processo contra empresa que distribuiu álcool em gel supostamente adulterado

Os produtos foram adquiridos na época para utilização no combate ao coronavírus em postos de saúde e unidades

Lajeado abre processo contra empresa que distribuiu álcool em gel supostamente adulterado
Lajeado
oktober-2024

A Prefeitura de Lajeado abriu processo administrativo e notificou a empresa Agile Distribuidora de Materiais Descartáveis S&M LTDA, que forneceu ao município, em março, 150 galões de álcool em gel 70% da marca Iodontosul, investigada pelo Ministério Público por falsificação. Os produtos foram adquiridos na época para utilização no combate ao coronavírus em postos de saúde e unidades. Não há, neste momento, álcool em gel desta empresa em uso no município.

Conforme levantamento feito recentemente pela equipe da Secretaria da Saúde, dos 150 galões adquiridos, de 5 litros cada, 20 foram utilizados e 130 galões permanecem estocados. Eles foram guardados porque, na época, a secretaria verificou que o álcool em gel distribuído pela empresa Agile tinham validade até 2022, então foi dada preferência de uso para o álcool em gel com validade menor antes, deixando esta marca para usar mais adiante, já que ainda estaria válida.

De acordo com a secretária adjunta da Sesa, Juliana Demarchi, a secretaria foi informada da suposta fraude por meio de uma reportagem, não tendo sido notificada formalmente. Segundo o assessor jurídico do município, Natanael dos Santos, o município está buscando o ressarcimento integral do valor despendido na aquisição do produto supostamente adulterado. Caso não haja a possibilidade de cobrança administrativa, o município entrará com uma ação judicial para ressarcimento dos danos. Além disso, o município também aguarda resultado da análise laboratorial a pedido do município. Se comprovada a adulteração do produto e má-fé da empresa, também serão aplicadas as penalidades previstas na Lei de Licitações, entre as quais multa e impedimento de a empresa licitar com o Município pelo prazo de 5 anos, bem como a declaração de inidoneidade.

Saiba mais

No início de dezembro, o Ministério Público, com apoio da Brigada Militar (BM), prendeu um empresário de Porto Alegre e a responsável técnica da empresa por falsificação do higienizante. Entre as irregularidades constatadas no produto, estavam o teor de álcool etílico de apenas 53,7º, quando deveria corresponder a 70º,  sendo considerado ineficaz contra a covid-19. Além disso, a amostra do produto continha pH correspondente a 9,3, quando o valor referência indicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 5 a 7.

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