Dos 54 deputados, 33 se posicionam contra a prorrogação do ICMS

Previsão de derrota

Dos 54 deputados, 33 se posicionam contra a prorrogação do ICMS

Proposta do governo estadual para manter alíquotas elevadas até 2024 não tem votos suficientes para passar na Assembleia Legislativa. Executivo gaúcho estuda alteração no texto para tentar reverter opiniões e reduzir queda de quase R$ 3 bilhões na arrecadação

Dos 54 deputados, 33 se posicionam contra a prorrogação do ICMS
Foto: Divulgação
Estado

Mesmo na base aliada, o governador Eduardo Leite encontra resistência ao projeto que prevê alíquotas elevadas do ICMS. Pelo acompanhamento das manifestações dos deputados, não há votos suficientes para aprovar o texto.

A matéria está na ordem do dia para votação hoje na Assembleia Legislativa. A equipe do Piratini estuda alterações na proposta, como forma de tentar um acordo com os parlamentares da situação.

Uma das entidades representativas contrária à manutenção do ICMS é a Federasul. Levantamento da instituição mostra que dos 54 parlamentares, 33 são contra ao formato atual do projeto.

Entre os contrários estão dois partidos aliados que contam com a maioria dos votos na casa. O MDB tem oito e o PP seis. O líder do governo na AL, Frederico Antunes (PP), afirmou que ainda há possibilidade de diálogo e busca por ajustes.

O MDB também não confirmou apoio, o que era esperado após reunião da sexta-feira passada com o governador. Dois oito, três deputados afirmam que votarão contra.

Pelos cálculos da Secretaria da Fazenda, caso o texto não seja aprovado, o primeiro ano traria uma queda de R$ 2,8 bilhões na receita pública. Os municípios também seriam impactados pela perda de arrecadação, algo em torno de R$ 860 milhões. Deste total, quase R$ 40 milhões seriam das 38 prefeituras do Vale.

Apoio da Famurs

Pesquisa da Federação das Associações dos Municípios do RS mostra que 67,4% dos 396 prefeitos entrevistados apoiam a continuidade do ICMS no patamar atual.

O presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Emanuel Hassen de Jesus, demonstra preocupação com as receitas municipais tanto pelo risco de não haver a continuidade da arrecadação do ICMS quanto pelo cenário econômico para o próximo ano.

A pesquisa destaca também que 82,3% dos prefeitos concordam com a proposta do Teto de Gastos Estaduais. Além disso, quase 90% dos prefeitos concordaram com a proposta dos Duodécimos, em que o repasse aos poderes Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e outras instituições estaduais seja feito com base na arrecadação real de cada mês.

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