Ontem foi um dia histórico para a humanidade. Após cerca de um ano de convívio com o coronavírus, as primeiras pessoas começam a ser vacinadas contra a doença que se tornou um dos maiores desafios dos últimos anos para a sociedade global.
Um dos países mais assolados pela covid-19 na Europa, a Inglaterra dá a volta por cima e é a pioneira na imunização em massa contra o vírus. Aos olhos do mundo, iniciou o processo tão aguardado pela população de todo o mundo, por meio da tecnologia desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e o laboratório alemão BioNTech.
A expectativa de êxito é promissora, visto que os resultados mostraram que a eficácia alcançada no período de testagem foi de 95% na prevenção à doença, e não houve efeitos colaterais graves.
Também ontem, reunião entre governadores e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, também injetou esperança no povo brasileiro em relação ao plano de imunização nacional. Segundo o ministro, o governo federal deve começar a vacinar a população no fim de fevereiro.
Com eficácia média de 70%, a aposta brasileira é o imunizante da farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. O governo federal já garantiu 100 milhões de doses dessa vacina e, segundo o ministro, as primeiras 15 milhões chegarão ao Brasil em janeiro.
No estado, o governador Eduardo Leite, após o encontro com o ministro, manifestou confiança na liderança do Ministério da Saúde no processo de aquisição e de distribuição das doses. No entanto, garantiu que o Estado não fugirá da responsabilidade, caso o governo federal retarde a tomada de decisão.
Outra perspectiva vem de São Paulo, onde o laboratório chinês Sinovac desenvolve a Coronavac, em parceria com o Instituto Butantan. Conforme o governador paulista João Dória, a imunização deve iniciar em 25 de janeiro e há condições da vacina ser usada em outros estados.
São informações animadoras que surgem como luz no fim do túnel ao término de um dos anos mais conturbados da história recente do planeta. No entanto, agilidade, organização, mas sobretudo, cooperação e entendimento entre os entes federados são fundamentais para o processo dar certo.