“A vacina chega como luz no fim do túnel”, diz lajeadense na Inglaterra

Esperança global

“A vacina chega como luz no fim do túnel”, diz lajeadense na Inglaterra

Natural do Vale e há 15 anos no Reino Unido, Gabriela Stone fala sobre expectativa dos britânicos com a imunização iniciada na terça-feira. País vive clima de otimismo

“A vacina chega como luz no fim do túnel”, diz lajeadense na Inglaterra
Margaret Keenan foi a 1ª pessoa vacinada no Reino Unido. Foto correu o mundo e espalha esperança na imunização (Foto: Divulgação)
Mundo

Nenhuma pessoa esteve tão em evidência no mundo nesta semana quanto a idosa Margaret Keenan. Aos 90 anos, a britânica, moradora de Coventry, foi a primeira paciente no Reino Unido a receber, de maneira oficial, a vacina Pfizer, desenvolvida no país no programa de imunização contra a covid-19.

As imagens do momento em que Margaret recebe a dose da vacina correram o mundo e reacende a esperança da população na luta contra o vírus, que já causou a morte de mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o planeta. Só no Brasil, são 177 mil vítimas fatais da doença, segundo país com mais óbitos registrados.

O começo da vacinação em terras britânicas é cercado de expectativas não somente pelos europeus, mas também de brasileiros que vivem por lá. Natural de Lajeado, a chefe de cozinha Gabriela Koefender Stone, 35, confirma que há um clima de esperança entre as pessoas, de que a vacina contenha o avanço da doença.

“Todos estão meio cansados e foi um ano bem estressante. A vacina chega como uma luz no fim do túnel, nos dá um certo alívio, nos deixa esperançosos. Eu acordei hoje bem animada com o começo da campanha. Foi bem de surpresa, pois achei que só começaria daqui uma semana”, salienta Gabriela, que reside em Brighton, cidade localizada a cerca de 100 quilômetros da capital Londres.

Ceticismo

Gabriela Koefender Stone – natural de Lajeado

Há 15 anos no Reino Unido, Gabriela percebe que, entre a população britânica não há o costume da vacinação e, por isso, uma parcela da população segue receosa. Conforme ela, há até “teorias da conspiração” envolvendo a vacina.

“Tem bastante gente que é contrária à vacina aqui, mesmo com muitas pessoas morrendo diariamente no país por causa da covid. Aqui não tem aquela coisa de campanha de vacinação, não faz parte da cultura deles, como é no Brasil em relação a outras doenças. Tem algumas teorias da conspiração surgindo”, comenta.

Segundo lockdown

De acordo com Gabriela, a situação em Brighton é considerada mais estável em relação a outras cidades britânicas. Ela chegou a ficar quatro meses sem trabalhar, com o primeiro lockdown, que durou quatro meses.
“Voltei para o trabalho em julho. Recentemente tivemos um segundo lockdown, onde fechou tudo por duas semanas. E funcionou. Baixou bastante o número de casos nos últimos dias”, salienta a lajeadense.

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Saiba mais sobre a vacina do Reino Unido

  • As doses da vacina produzida pela Pfizer/BioNTech serão distribuídas em cerca de 70 hospitais do Reino Unido para pessoas com mais de 80 anos e parte dos profissionais que atuam em unidades de
    saúde e asilos;
  • O programa visa proteger os mais vulneráveis e os mais expostos num primeiro momento e permitir a “volta à normalidade” quando grande parte da população estiver imunizada;
  • O Reino Unido é o primeiro país do ocidente a iniciar a imunização da população e o primeiro do mundo a usar a vacina Pfizer/BioNTech, depois que os reguladores aprovaram seu uso;
  • A vacinação não é obrigatória no país. Ao todo, o governo britânico garantiu 800 mil doses da vacina na primeira etapa do programa. Mas foram encomendadas 40 milhões de doses ao todo. Até o fim do ano, a intenção é que 4 milhões de doses sejam distribuídas;
  • A vacina da Pfizer/BioNTech demanda temperaturas abaixo de -70ºC em cointêniers refrigerados, da fábrica até a aplicação.

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