Os desafios da próxima gestão aos novos e renovados prefeitos

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Os desafios da próxima gestão aos novos e renovados prefeitos

Lajeado

Esse ano de 2020 vai deixar marcas em todos nós. Alguns sentirão mais pois perderam um ente querido; e outros menos, pois sentiram direta e indiretamente as consequências de uma pandemia que ninguém estava preparado para enfrentar. Fato é que entramos no último mês desse tão fadado ano e estamos vendo reflexos já consolidados da pandemia, mas também muitos novos casos confirmados que denotam uma “segunda onda de covid”.

Todos esses aspectos tornam o ano de 2021 desafiador para todos nós e nossas famílias, desafiador para empreendedores, desafiador para trabalhadores e desafiador para nossos gestores públicos. Particularmente os prefeitos novos e os renovados enfrentarão já no seu primeiro ano de gestão inúmeros desafios, o maior deles ainda é vinculado à pandemia e não somente às restrições decorrentes da pandemia e tudo que já sabemos sobre o vírus e suas consequências, mas as consequências nas quedas de arrecadações municipais devido ao desaquecimento econômico.

A perspectiva de decréscimo da economia brasileira é de em trono de 4,5 a 5%, ou seja, o Produto Interno Bruto (PIB) irá encolher quase 5%. Isso se reflete na menor arrecadação de impostos e essa é a maior receita dos governos federal, estaduais e municipais. Como boa parte dos municípios depende muito do Fundo de Participação Municipal e já é sabido que esse terá queda, os novos gestores precisam se preparar para um ano de arrecadação aquém dos últimos períodos e continuar pleiteando coletivamente a redistribuição mais equitativa dos impostos gerados no Brasil.

No entanto, esse último pleito existe há tempos e não se resolverá de pronto. Portanto, uma gestão eficiente e eficaz se fará completamente necessária. Além da pandemia que ainda está conosco, nós já estamos vivendo uma nova estiagem. Especificamente o Vale do Taquari passou por um período de estiagem no início do ano de 2020 e ao que tudo indica teremos um novo período nesse verão de 2021. Para nossos pequenos municípios e para a região como um todo, prejuízos decorrentes da estiagem são muito significativos e impactam economicamente nas famílias de produtores, nas empresas, nos consumidores e nas arrecadações municipais.
Como não temos como evitar a estiagem, as possibilidades devem estar atreladas às políticas públicas municipais e, também, estaduais e federais, que ajudem os produtores rurais a minimizarem os impactos da estiagem. Assim, além das pautas que sempre foram relevantes nas discussões municipais e que fazem parte da gestão pública, como saúde, educação, segurança, assistência social, infraestrutura, mobilidade, saneamento, entre tantas outras pautas, nesse ano temos a pandemia e a estiagem.

Com estiagens já lidamos há muito tempo e vamos melhorando nossas formas de agir. Assim, políticas públicas locais podem ajudar em uma situação que não temos como controlar, as poucas ou muitas chuvas; agora, a pandemia parece não querer encerrar seu ciclo de uma forma tão simples e vai ser desafiador para novos e renovados prefeitos tratar de todas as medidas necessárias para dar tranquilidade as pessoas sem desconstruir a economia e as relações sociais. A vantagem é que nesse momento já sabemos mais do que sabíamos em março de 2020.

Assim, novos e renovados prefeitos, a gestão pública com o olhar do público e para o público, eficiente e eficaz, contribuirá para termos quatro anos de mandatos exitosos em nossos municípios.

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