• Quando começou tua ligação com o futebol?
Minha ligação com futebol começou quando eu comecei a caminhar (risos). Joguei até meus 17 anos em escolinhas e base. Passei pelo CTE Roca Sales, Juventus de Teutônia, Encantado e o Lajeadense.
• Em qual momento você decidiu trabalhar com análise de desempenho?
Quando parei de tentar ser jogador profissional com 17 anos, iniciei os estudos em Educação Física. Comecei a atuar como estagiário nas escolas de futebol do Lajeadense. Foi ali, através do Gabriel Atz, ex-jogador do clube, que descobri a análise de desempenho. Pois ele estava atuando como analista de desempenho da equipe sub 19, ano que o grupo ficou em segundo lugar no sub-19, perdendo para o Inter. Depois, comecei a ir em cursos e palestras em Porto Alegre. E então, decidi que era isso que eu queria para minha vida. Me formei como analista de desempenho e identificação de talentos no curso da CBF e também como analista de desempenho no Futebol Profissional da CBF Academy. Depois disso comecei a fazer trabalhos voluntários e a trilhar a carreira profissional nesta área.
• O que faz um analista de desempenho?
Analista de desempenho é um profissional capaz de recolher informações por meio dos vídeos dos treinos e jogos da própria equipe e das partidas dos adversários, transformando em conhecimento e gerando informação para a comissão técnica. O trabalho é feito em duas formas: individual e coletiva. Está cada vez mais comum os clubes terem ao menos um analista. Os Clubes de serie A e B tem de dois a cinco analistas. Eu assisto de um a dois jogos por dia. Dá em média 45 jogos no mês.
• Quais são os principais desafios de fazer futebol no interior de Santa Catarina?
É a minha primeira passagem no futebol de SC. Mas é muito parecido com as do Rio Grande do Sul. Pra mim, com certeza as maiores dificuldades são as estruturas dos estádios para o analista conseguir desenvolver o seu trabalho na melhor maneira possível.
• Como tem sido o trabalho da comissão técnica em meio à nova realidade sem torcida?
A atmosfera sem os torcedores nos estádios é completamente diferente. Mas as cobranças continuam, isso nunca vai acabar. Tanto pra comissão, quanto aos jogadores. Quem trabalha com futebol profissional é cobrado e existe pressão por resultado todos os dias, em todos ambientes que a gente está. Isso é normal e todos já estão acostumados desde sempre com isso.
• Quais são teus próximos passos no futebol?
Eu tenho um plano de carreira que consiste em trabalhar em um clube de serie A do campeonato nacional. Ter a oportunidade de disputar uma libertadores e até chegar à seleção brasileira como analista de desempenho.