“Tenho plano de chegar à Seleção como analista de desempenho”

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“Tenho plano de chegar à Seleção como analista de desempenho”

Tiago Guilherme Paloski, 23, nasceu em Frederico Westphalen mas ainda na infância se mudou ao Vale do Taquari. Na região deu os primeiros chutes na bola em Roca Sales, Teutônia, Encantado e Lajeado. Com sonho de ser jogador de futebol frustrado, Paloski se especializou na análise de desempenho e hoje trabalha na comissão técnica do Hercílio Luz F. C., na cidade catarinense de Tubarão

“Tenho plano de chegar à Seleção como analista de desempenho”
Vale do Taquari

• Quando começou tua ligação com o futebol?

Minha ligação com futebol começou quando eu comecei a caminhar (risos). Joguei até meus 17 anos em escolinhas e base. Passei pelo CTE Roca Sales, Juventus de Teutônia, Encantado e o Lajeadense.

• Em qual momento você decidiu trabalhar com análise de desempenho?

Quando parei de tentar ser jogador profissional com 17 anos, iniciei os estudos em Educação Física. Comecei a atuar como estagiário nas escolas de futebol do Lajeadense. Foi ali, através do Gabriel Atz, ex-jogador do clube, que descobri a análise de desempenho. Pois ele estava atuando como analista de desempenho da equipe sub 19, ano que o grupo ficou em segundo lugar no sub-19, perdendo para o Inter. Depois, comecei a ir em cursos e palestras em Porto Alegre. E então, decidi que era isso que eu queria para minha vida. Me formei como analista de desempenho e identificação de talentos no curso da CBF e também como analista de desempenho no Futebol Profissional da CBF Academy. Depois disso comecei a fazer trabalhos voluntários e a trilhar a carreira profissional nesta área.

• O que faz um analista de desempenho?

Analista de desempenho é um profissional capaz de recolher informações por meio dos vídeos dos treinos e jogos da própria equipe e das partidas dos adversários, transformando em conhecimento e gerando informação para a comissão técnica. O trabalho é feito em duas formas: individual e coletiva. Está cada vez mais comum os clubes terem ao menos um analista. Os Clubes de serie A e B tem de dois a cinco analistas. Eu assisto de um a dois jogos por dia. Dá em média 45 jogos no mês.

• Quais são os principais desafios de fazer futebol no interior de Santa Catarina?

É a minha primeira passagem no futebol de SC. Mas é muito parecido com as do Rio Grande do Sul. Pra mim, com certeza as maiores dificuldades são as estruturas dos estádios para o analista conseguir desenvolver o seu trabalho na melhor maneira possível.

• Como tem sido o trabalho da comissão técnica em meio à nova realidade sem torcida?

A atmosfera sem os torcedores nos estádios é completamente diferente. Mas as cobranças continuam, isso nunca vai acabar. Tanto pra comissão, quanto aos jogadores. Quem trabalha com futebol profissional é cobrado e existe pressão por resultado todos os dias, em todos ambientes que a gente está. Isso é normal e todos já estão acostumados desde sempre com isso.

• Quais são teus próximos passos no futebol?

Eu tenho um plano de carreira que consiste em trabalhar em um clube de serie A do campeonato nacional. Ter a oportunidade de disputar uma libertadores e até chegar à seleção brasileira como analista de desempenho.

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