Governo de Lajeado reconhece desordem com roupas doadas e anuncia novo espaço

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Governo de Lajeado reconhece desordem com roupas doadas e anuncia novo espaço

Vídeo compartilhado nas redes sociais trouxe à tona desorganização de roupas disponíveis para caridade. Prefeitura reconhece condições ruins de armazenamento e anuncia novo espaço para as peças

Governo de Lajeado reconhece desordem com roupas doadas e anuncia novo espaço
Roupas doadas desde a enchente de julho permanecem no pavilhão 4 do Parque do Imigrante até a sexta-feira, 4. Desordem foi alvo de críticas na internet (Foto: Ramiro Brites)
Lajeado
oktober-2024

Um vídeo difundido nas redes sociais nesta semana alertou para as condições das roupas estocadas no pavilhão 4 do Parque do Imigrante, em Lajeado. Desde julho, a comunidade contribui com doações para ajudar os atingidos pelas cheias do rio Taquari e outras pessoas em situação de vulnerabilidade.

O engajamento, porém, foi tão grande que criou um problema de armazenamento. Toneladas já foram doadas, mas outra grande quantidade de peças permanece disposta no chão até esta sexta-feira.

Sem armários e prateleiras, funcionários da Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas) afirmam tentar manter as peças ordenadas. Houve um trabalho constante de triagem das novas doações que chegavam para garantir boas condições dos novos itens.

Conforme a diretora da pasta, Claudia Mazzarino, após uma mudança no processo de entrega das roupas a situação ficou além do controle da equipe. Antes, as doações eram de responsabilidade da Defesa Civil. A Sthas assumiu o serviço após a enchente.

Nos primeiros momentos, o sistema de entrega de donativos foi mantido. Os itens eram restritos a cidadãos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais e só podiam ser retirados às quartas-feiras.

O procedimento foi alterado e, até a próxima sexta-feira, as roupas ficam disponíveis à população todos os dias. Pela manhã, das 7h às 11h, e pela tarde, das 13h às 17h. “O volume realmente era muito grande. Há duas semanas a gente resolveu abrir para comunidade vir fazer essa retirada”, conta Claudia.

Na avaliação da diretora da Sthas, a medida aumentou o acesso da comunidade, mas causou a desordem dos itens. “Tinha um grupo que vinha e mantinha as roupas organizadas. Agora, como a gente abriu todos os dias as pessoas vêm acabam remexendo, tirando de um lugar e botando no outro. Infelizmente nós não temos prateleiras, não temos repartições, elas estão no chão”, admite.

Novo espaço para as doações

Ainda sem data certa, uma nova casa para armazenar as peças deve ser inaugurada ainda em dezembro. “Esse projeto a gente começou a pensar logo depois da enchente. Daremos um espaço mais adequado para receber essas doações e repassar”, projeta Claudia.

Localizada na rua Borges de Medeiros, no centro de Lajeado, a cerca de três quadras da praça da Matriz, o novo espaço também pretende oferecer aulas de costura, em parceria com o Centro de Referência de Assistência Social.

“Vai funcionar todos os dias de segunda a sexta. Com oficinas também de customização, de costura. É um projeto bem bacana para a gente cuidar e preservar e mostrar para as pessoas como é importante receber essas doações”, adianta.

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