“Corremos risco de ter regiões em bandeira preta”, diz secretária estadual da Saúde

Pandemia

“Corremos risco de ter regiões em bandeira preta”, diz secretária estadual da Saúde

Secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta quinta-feira, 3. Ela destacou que há chance de regiões serem classificadas em bandeira preta no mapa preliminar da 31ª rodada do Modelo de Distanciamento Controlado que será divulgado nesta sexta-feira, 4

“Corremos risco de ter regiões em bandeira preta”, diz secretária estadual da Saúde
(Foto: Divulgação/Governo do Estado)
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A secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, participou na manhã desta quinta-feira, 3, do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9. Na ocasião, destacou que a situação vivida pelo Rio Grande do Sul diante da pandemia da covid-19 é preocupante. “Sem dúvida o patamar dos dados desse momento superam e estão acima da média do que vivemos no fim de julho e início de agosto”, ressalta.

A situação coloca em risco algumas regiões que podem ser classificadas com a bandeira preta no mapa preliminar da 31ª rodada do Modelo de Distanciamento Controlado que será divulgado na sexta-feira, 4. “Se nós chegarmos em bandeira preta teremos que fechar e viveremos uma espécie de lockdown e só funciona o essencial”, diz.

A região do Vale do Taquari, conforme ela, vive momento preocupante. “A região se superou, através de um trabalho conjunto de grande esforço, porque quando começamos a colocar em prática o modelo de distanciamento controlado, o Vale foi uma que teve um aumento expressivo de casos”, recorda.

Arita não esconde que a situação que vive o território gaúcho é preocupante. “Nós temos que tomar medidas e nesses 14 dias não será mais permitida a cogestão. Paralelo a isso, os eventos sociais, principalmente, os tradicionais de fim de ano devem ser evitados”, explica. A ação para frear o aumento nos casos de covid-19 contará com apoio da Brigada Militar e das Vigilâncias Sanitárias para dispersar aglomerações que ocorrem aos finais de semana.

Questionada sobre o afrouxamento das restrições durante o período eleitoral, Arita explica que isso não aconteceu, mas que houve uma sensação de estabilização nos casos de covid-19. “E acho que as pessoas se sentiram mais seguras para sair de dentro de casa. Além disso, o calor, as festas de fim de ano, o cansaço mental de não poder encontrar amigos contribuíram.”

Reativação de leitos

Conforme Arita, há possibilidade de reativação de leitos no Rio Grande do Sul. “Nós já temos 79 novos leitos solicitados. O Ministério da Saúde está recebendo novas habilitações até 31 de dezembro. Todo o hospital que tiver possibilidade de reativar e abrir novos leitos vamos encaminhar ao ministério.”

A secretária lembra que, em outubro, os hospitais retomaram os atendimentos eletivos, principalmente as cirurgias. Houve dois picos, o de pacientes com covid-19 e o número de pessoas com outros agravos de saúde. Esses dois movimentos fizeram com que a taxa de ocupação de leitos se elevassem. As pessoas com comorbidades foram deixando de procurar o atendimento em função da pandemia e alguns hospitais desativaram leitos. A situação do estado é preocupante.”

Confira a entrevista na íntegra:

 

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