• Como o voluntariado foi despertado em você?
Quando eu era pequena, passava sempre as férias na casa da minha avó, em Progresso. Nunca me esqueço da imagem dela preparando aquelas cestas de vime com alimentos para levar ao hospital. Ela fazia isso todas as tardes e aquilo me marcou. A minha mãe também sempre foi de ajudar.
• Fale sobre a sua trajetória no voluntariado.
Eu entrei no Lions em 1993 e já ocupei todos os cargos. Fui catequista da igreja católica durante anos e hoje integro também a Liga Feminina de Combate ao Câncer.
• Por que fundar a Liga?
Eles já haviam me falado algumas vezes sobre fundar uma Liga, mas sempre passava a ideia. Um dia quando estava em Porto Alegre me ligaram aqui do Hospital Bruno Born perguntando se iria ou não aceitar a proposta para fundar a entidade. Aceitei. Depois disso, comecei a ir semanalmente na Santa Casa da Misericórdia, na capital, para apreender um pouco mais sobre o papel da entidade. Eu não sabia como funcionava, só sabia que era um trabalho voluntário. Eles me orientaram como seguir e informaram que seriam necessários sete membros para dar início a entidade. Na época, convoquei minhas três irmãs, meu cunhado e mais algumas pessoas para conseguirmos fundar a Liga no dia 17 de novembro de 2005.
• O que o voluntariado despertou em ti?
Valorizei mais a vida. A gente olhando para trás, tem momentos que pensamos o que é isso que estamos passando e não vemos quantas pessoas estão passando fome e sem emprego. A gente cresce como pessoa.
• O que é preciso para ser voluntário?
É necessário estar disposto a se doar. É preciso se preparar e aceitar as pessoas como elas são. Umas é necessário ajudar de uma maneira e outras de outra. Umas precisam de palavras de consolo e outras de roupas e alimentos.
• Na tua opinião, por que os jovens devem se engajar mais na causa voluntária?
Não existe explicação para esse trabalho como voluntário. Os agradecimentos que recebemos. Tem pessoas que colam todas as mensagens que recebem em uma folha. Eles são muito agradecidos.