Gafanhotos são avistados em cidades do RS

Ataque de gafanhotos

Gafanhotos são avistados em cidades do RS

Agricultores de Santo Augusto, onde houve registros, temem por danos em lavouras de soja, assim como em São Valério do Sul

Gafanhotos são avistados em cidades do RS
(Foto: Prefeitura de Santo Augusto/Divulgação/JC)
Estado
oktober-2024
O Rio Grande do Sul registrou ao menos dois focos de agrupamentos de gafanhotos em municípios do Noroeste. Agricultores de Santo Augusto, onde houve registros, temem por danos em lavouras de soja, assim como em São Valério do Sul, onde os insetos também foram avistados. Os primeiros registros em maior volume foram feitos na segunda-feira, dia 30, e aumentaram nesta terça-feira, dia 1º.
Em Santo Augusto os gafanhotos já atacaram árvores e plantas rasteiras. O medo é que os grupos de insetos alcancem lavouras de soja, de acordo com o secretário de Agricultura da cidade, Luiz Bertolo.
Os gafanhotos podem ser da mesma espécie identificada no final de novembro distantes cinco quilômetros de Porto Xavier, na fronteira com a Argentina. De acordo com Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria Estadual de Agricultura, os insetos identificados no Rio Grande do Sul, porém, não seriam migratórios.

“Essa hipótese já foi descartada, e também não é uma nuvem. É uma infestação localizada e pontual e, de certa forma, esperado devido as condições climáticas das duas últimas safras, que predispõe essa situação”, explica Felicetti.

O agrônomo, porém, avalia que devem ser da mesma espécia que está na região de Missiones, na Argentina, dada a proximidade e similaridade entre as duas regiões. Ainda que considerados menos vorazes do que os Schistocerca cancellata e as gigantescas nuvens registradas no país vizinho em junho e julho passados, os Chromacris speciosa, conhecidos no Brasil como gafanhotos-soldado, podem exigir ação para sua eliminação no território gaúcho. Uma ação com controle químico não está descartada.

“Essa espécie normalmente se alimenta de mata nativa e vegetação espontânea, mas havendo desequilíbrio, com um maior número de insetos, podem se alimentar de lavouras. Estamos avaliando isso em diligências a campo para ver se há potencial dano nas lavouras do Estado”, esclarece Felicetti.

Fonte: Jornal do Comércio

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