Críticas à Acil marcam sessão da câmara

Lajeado

Críticas à Acil marcam sessão da câmara

Para vereadores, posição da entidade desmerece os atuais mandatários. Associação propõe que debate sobre abertura do comércio aos domingos seja feito apenas no próximo ano

Críticas à Acil marcam sessão da câmara
Próxima sessão deve ser realizada em formato virtual. Foto: Matheus Chaparini
Lajeado

A sessão desta noite na câmara de vereadores foi marcada por críticas ao posicionamento da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil).

Na semana passada, o Legislativo levantou a possibilidade de um plebiscito para consultar a população a respeito da abertura do comércio aos domingos.

Em nota, a Acil repudiou a proposta, destacou a renovação da câmara nas eleições desse ano e defendeu que o assunto seja debatido apenas em 2021, após a posse da nova legislatura. A resposta foi alvo de críticas de ao menos três vereadores.

“É meio esquisito. Quando se sugere escutar a população, não se dá oportunidade de ela falar, de se manifestar. É uma questão simples de querer e fazer. Não ter medo do povo só na hora das eleições”, afirmou Sérgio Rambo (PT).

Na avaliação de Carlos Ranzi (MDB), a entidade “quebrou os pratos“ com a câmara. “A Acil apostou muito mais nos próximos vereadores do que nesses. Meus parabéns pelo posicionamento da entidade”, ironizou.

O presidente do Legislativo, Lorival Silveira (PP) também rebateu o posicionamento da entidade empresarial, que estaria desmerecendo os atuais vereadores. Sem citar nomes, Silveira ainda alfinetou o vereador eleito Alex Schmitt (PP), ex-presidente da Acil.

“Estou há 20 anos dentro da câmara e não aprendi. Então quero sentar e aprender muito com esse cara. Porque a Acil elegeu essa pessoa e com certeza ele vai trabalhar para a Acil, para os empresários. Não vai pensar na população”, afirmou.

Retirada e pedidos de vistas

Na ordem do dia constavam dez projetos, sendo seis de autoria de vereadores e os demais, do governo.

As duas principais matérias da pauta não foram apreciadas pelos vereadores. O projeto de lei da Liberdade Econômica, apresentado pelo presidente, Lorival Silveira (PP), teve pedido de vistas de Marcos Schaeffer (MDB). Outra proposta que teve pedido de vistas é de autoria de Ildo Salvi (PSDB) e estabelece critérios para denominação de vias públicas.

Já a proposta de criação da Guarda Municipal, apresentada pelo Executivo, foi retirada a pedido do líder do governo na câmara, Waldir Gisch (PP).

Vagas preferenciais para motoboys

Foi aprovado o texto que prevê uma reserva de 10% das vagas de estacionamento de motocicletas para motoboys em serviço. A proposta é de autoria de Neca Dalmoro (MDB) e ainda depende de sanção do governo. A proposta recebeu críticas em relação à dificuldade de regulamentação.

Foram aprovados ainda quatro nomes de rua. As outras propostas confirmadas dizem respeito ao desmembramento de um imóvel e abertura de crédito suplementar na Secretaria de Educação para aquisição de Equipamentos de Proteção Individual para prevenção ao coronavírus.

Próxima sessão deve ser virtual

Ao fim da sessão, o presidente da casa anunciou que a tendência é de que a próxima sessão ocorre de forma virtual em função de casos na câmara.

Diagnosticado com covid-19, o vereador Ederson Spohr (MDB) está afastado da câmara e foi substituído pela suplente Daiane Bauer. Com suspeita, Sergio Kniphoff (PT) não participou da sessão. Dois assessores de Ranzi, uma assessora de Marcos Schaeffer (MDB) e uma servidora do quadro do Legislativo também foram afastados com suspeita.

“A mesa diretora vai analisar muito bem a próxima sessão que pode ser virtual novamente. Se persistir, é quase que certo 100% que vamos voltar as sessões virtuais para nossa preservação e de todas as pessoas nessa casa”, disse Silveira.

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