O economista Eloni Salvi participou do programa Frente e Verso, da Rádio A Hora 102.9, na manhã desta terça-feira, 1º de dezembro. De acordo com ele, as restrições impostas pela covid-19 impactaram na economia, mas também resultaram efeitos positivos para a poluição, por exemplo, que apresentou uma diminuição devido à baixa circulação e consumo das pessoas.
De acordo com ele, se as restrições perdurarem até o Natal, as vendas podem ser mais enxutas. “Isso pode gerar um impacto negativo. Ao não se moverem, as pessoas diminuem o consumo.”
Outro ponto destacado por Salvi, é a redução dos índices de poluição durante este ano, período em que a população ficou mais isolada em função da pandemia. “Esse dado só aparece porque consumimos e circulamos menos. A gente quase não buscou matéria-prima para produzir neste ano”, lembra.
Para 2021, quando está prevista a chegada da vacina, a expectativa é de que ocorra uma melhora na economia. “As pessoas ficarão animadas novamente e voltarão a investir”, afirma Salvi.
Dicas para as compras
O economista lembra que as pessoas devem realizar compras com alguns cuidados para não acumular dívidas. “Se a pessoa está endividada, não compra. As pessoas sempre precisam saber o quanto querem sofrer em decorrência da dívida. Se ela comprar e se endividar, vai sofrer.”
Salvi lembra que adaptar o consumo a renda é sempre a regra. “Tudo que comprar e estiver dentro do orçamento, será uma boa compra, mas aquilo que sair, não será.”
Recuperação da economia
Em março deste ano, Salvi destacou que a economia brasileira demoraria cinco anos para se recuperar da crise de 2013. No entanto, essa estimativa caiu. “A economia está melhor porque alguns setores avançaram durante a pandemia. Muitos cresceram como agricultura e construção civil, mas muitos tiveram queda como é o caso do setor de eventos, turismo, higiene e beleza, vestuário”, ressalta.
A perspectiva para esse fim de ano é que as pessoas estejam com dinheiro. “Apesar de termos tido um número significativo de desempregos durante a pandemia, muitas pessoas guardaram dinheiro na poupança”, compara.
Confira a entrevista na íntegra: